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Felicidade Clandestina
(Clarice Lispector)

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A narradora-personagem deste conto recorda sua infância pobre no Recife. Ela gostava muito de ler, mas sua situação financeira não permitia gastos com a compra de livros. Por isso, ela vivia pedindo livros emprestados a uma colega que era gorda, baixa e sardenta, com cabelos excessivamente crespos e com bustos enormes, todavia era filha do dono de uma livraria. Essa colega não valorizava a leitura e inconscientemente se sentia inferior às outras, sobretudo a nossa narradora-personagem. Certo dia, a filha do livreiro informou à narradora-personagem que podia emprestar-lhe o livro As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Esse era um livro enorme, que até mesmo podia-se ficar "vivendo com ele", porém a menina exigia que a narradora-personagem fosse buscá-lo em sua casa. A narradora-personagem passou a sonhar com o livro. Mal sabia que a colega, que tinha um enorme talento para a crueldade e que ela queria, na verdade, vingar-se por sentir-se inferior. Para tanto, a filha do livreiro pedira a narradora-personagem que passasse em sua casa todos os dias e o livro nunca aparecia. A garota invejosa, filha do livreiro, sempre alegava já ter emprestado para outra amiga. Esse suplício durou muito tempo e a narradora-personagem bate muitas vezes àquela porta com o coração pulando de esperança de botar as mãos no livro, no entanto, para maltratá-la mais ainda, a filha do livreiro despeitada afirmava ter ficado com o livro durante toda a manhã, porém a narradora-personagem sé aparecera à tarde perdera a vez do empréstimo, outra amiga levara. certo dia, a esposa do livreiro, mãe menina cruel, interveio na conversa das duas e percebeu a atitude da filha e a amplitude de sua perversidade. Então, a mãe da menina com a voz severa a fez emprestar o livro à narradora-personagem, dizendo: " E você fica com o livro por quanto tempo quiser". O que para nossa narradora-personagem tinha o mesmo teor de ter ganho o livro. E essa foi a Felicidade Clandestina da menina, nossa narradora-personagem apaixonada pela leitura, que chegara em casa reservara-se a não ler aquela obra, só para depois Ter a surpresa de saber que o tinha nas mãos. Era uma felicidade tão grande que até mesmo fazia questão de "esquecer" onde o guardava, ou de que estava com o livro para depois ter novamente a "surpresa" de revê-lo.Às vezes sentava na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo, dizia nossa narradora-personagem.Agora para ela não era mais uma menina com um livro, mas uma mulher com seu amante.



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