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A Adolescência
(Sara Gradel)

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ADOLESCÊNCIA. Nos séculos XIV, XV e XVI; as crianças eram consideradas mini-adultos; cooperavam no trabalho para sobrevivência, haja vista que a mão de obra adulta era escassa, ou seja, não tinham infância. No século XVII e XVIII, com o advento do capitalismo, a mão de obra excedia, havia produção em massa, surge então a classe da Burguesia, compondo-se assim a família com os literatos burgueses, pai, mãe e filhos, que ao invés de trabalhar, tinham que ser educados, cuidados, e esta educação era muito protegida. A partir daí a criança adquire o real caráter de infância, frágil, ingênua, instituindo-se assim uma nova visão; mentalidade. No final do século XIX a educação é ampliada; surgindo então uma diferenciação nas idades do desenvolvimento humano, a maturidade, virilidade, sexualidade, que vai sendo percebida nas diferentes idades. A partir dessas descobertas começa-se a instituir um novo grupo de idade com características próprias, descobre-se então a segunda fase do desenvolvimento humano; a PUBERDADE, que é da natureza do ser humano, esta que é a fase do desenvolvimento após a infância, grandes transformações acontecem, físicas, hormonais, psicológicas, a Puberdade é um conceito Biofisiológico, é a época da maturação sexual, são esses homónimos que afetam diretamente no desenvolvimento do adolescente. Os hormônios do crescimento que tanto os afeta, pois é um crescimento assimétrico, causa um grande desconforto para o adolescente ocorre então o que chamamos de PERDA DA IMAGEM, ele tem que se adaptar a nova representação mental do corpo; imagina como é difícil!!! O corpo perde sua dimensão do espaço físico, já não é o mesmo da infância, e como é complicado fazer esta reorganização mental, que segue sendo construída até o final da puberdade quando deixa de ser adolescente e passa a ser um adulto, ou seja, quem sou eu, eu mudei, como me comportar, o que esperam de mim??? Estão sempre reclamando que o adolescente é um "estabanado", vai passando e derrubando tudo, como é repreendido, mas nada mais lógico se não assimilou, registrou suas proporções como não ser estabanado, e ele não tem noção onde e quando isso vai parar, aliado a tantas descobertas e sensações, desejos novos, conscientes, sexualidade, busca de prazeres, quantas angústias que traz!!! Até esta fase predomina a bissexualidade psíquica, e deparam-se nesta fase com a grande dor do ser humano, com a chegada da hora de uma posição a ser tomada. Todos os seres humanos possuem seu lado masculino e seu lado feminino, a bissexualidade humana, mas claro que cada qual segue, escolhe suas preferências sexuais, mas isso gera muita angústia, pois esta definição é cobrada na adolescência, e temos que nos ater e saber que esta definição nada mais é do que o reflexo da história de vida de cada um. Quando crianças, vemos por exemplo o pai como um "herói", a mãe como a "fada", mas é na adolescência que realmente formamos as opiniões e podemos discernir quem é quem, criar a nossa história de uma outra visão, daí tantos conflitos, nos deparamos com tantas realidades e os heróis e fadas se transformam e nos revoltamos, por exemplo um adolescente dirige sem cinto de segurança, pois ele passa a ser o herói, o questionador e o todo poderoso que já sabe e pode tudo e vive perigosamente sempre se arriscando pois já sabe tudo, é dono do seu nariz. Vale ressaltar aqui uma interessante teoria do nosso querido Sigmund Freud, pai da psicanálise, que caracterizou a fase da puberdade como "As transformações da Puberdade resultam em atingir a genitalidade, completar a escolha de um objeto de amor sexual não incestuoso como qdo criança, a fase Edipiana (amor do menino pela mãe, e da menina pelo pai), é a grande transformação do Amor Sexual em amor Terno". Nesta fase temos que estar muito atentos pois são fases de grandes perdas, LUTOS, reação às perdas, há uma grande valorização afetiva, onde estão envolvidos, o eu, o objeto, o outro, nos envolvemos fazemos vínculos, o objeto se investe de representações. Este luto traz dor, perda de interesse pelo mundo exterior, perda da capacidade de amar substituindo o objeto perdido, o ego é afetado, daí o grande número de adolescentes que fazem uso de anti-depressivos sem uma avaliação prévia bem conduzida, quando não partem para as drogas pesadas para livrar-se de sentimentos tão dolorosos que não são capazes de lidar e que estão mau direcionados; como eu diria atualmente, sem mãe nem pai, vivem largados. Ao perder um objeto investido, vc não se interessa por nada, a menos que tenha algo para substituir o perdido, enquanto não fizer um trabalho mental, e isso requer retirar suas energias obtidas ali, você não poderá se interessar por outra pessoa, e onde estão esses "pais" nesta hora???, é preciso conduzir a situação, ver a necessidade de uma ajuda as vezes externa, muito amor, o adolescente as vezes precisa ser auxiliado por um profissional especializado para auxilia-lo a se desconectar, recolher essas energias para busca-las outra vez, tudo está ali dentro dele e o que o levou a este estado o pq, a causa, é preciso descobrir, pois só erradicando a causa, e fortalecendo esse ego ele é capaz de redirecionar as energias para outro objeto e sair do tão doloroso LUTO. E se analisarmos melhor a adolescência é a idade dos lutos: luto pelo corpo infantil, luto pela identidade infantil, luto pelos pais como eu os via na infância e agora os defino realmente, luto pela bissexualidade infantil e agora me cobram uma definição. O que eles, adolescentes desejam de imediato é colinho, muito colinho de mãe, de pai, pois ainda não estão preparados para enfrentar este mundo, um mundo que ainda nem conhecem... È na adolescência que começam a definir a personalidade, através do que herdam de sua história de vida e iniciam um árduo processo de definição do traçado do seu caminho como pessoa, sexual, vencer tdas essas barreiras, os torna irritativos, questionadores de tudo e de todos, pois imaginam pelo que lhes é exigido que tudo sabem melhor que ninguém. Como ouvem "você é o mais velho você tem que ceder, você ainda não pode fazer isso porque você não sabe" que mensagens dúbias e enlouquecedoras se deparam. O mundo avança, tudo anda muito depressa, é muita informação ao mesmo tempo, muita "liberdade" mas tão cerceada, o que fazer com tudo isso??? Será que tudo caminhou mto rápido, mais rápido que o ser humano é capaz de absorver e se adaptar??? Muitos têm que adaptar-se a novas "mães", novos "pais", pessoas absolutamente estranhas e que de repente invadem seus espaços e chegam querendo ocupar o lugar deixado por um dos dois na separação, que confusão!!!, sem contar com esses "pseudo irmãos" que invadem seus quartos, querem dividir espaço, atenção e tudo que só era meu, minha mãe que tanto necessito para um colo, um diálogo, chega morta do trabalho têm agora os meus, os teus e os nossos e eu, onde fico??? Aí chega aquele que acha que sabe tudo e me aconselha o mais errado possível e eu vou pois estou sem saída....... Aí mora o perigo!!! Como é fácil resolver tudo com drogas, que às vezes começam pelas mais simples e podem chegar as mais pesadas. É um caminho que está sempre à disposição atualmente, onde quer que seja, e que qualquer quer um hoje aconselha; mas as vezes a volta é quase impossível ou realmente impossível. Atualmente os jovens bebem sem limites, e desde a pré adolescência como chamamos, entre 11 e 13 anos, não há limite de idade, mas isso nos leva a concluir a total insatisfação dos mesmos e o que mais existe de doloroso para eles, que eles tanto não querem ou não conseguem enfrentar. Por um lado o sexo tornou-se livre, todo mundo "transa com todo mundo", e aí qual é a menina que eu devo namorar e ter um relacionamento afetuoso ou seja, fazer verdadeiramente AMOR??? Que grande confusão qtos questionamentos, tanta liberdade, e o que fazer com ela. A infelicidade é total entre eles e daí a enorme insegurança.



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