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O Quinze
(Rachel de Queirós)

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O romance O Quinze refere-se a grande seca de 1915, vivida pela própria escritora durante sua infância. O romance se dá em dois planos; um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família e outro a relação afetiva de Vicente, um proprietário e criador de gado e Conceição, sua prima culta e professora. Conceição é uma moça que adorava leitura, inclusive de tendências feministas e socialistas o que surpreendia a sua avó, dona Nácia, uma militante das velhas tradições. Nas férias, Conceição ia para o interior do Ceará, na fazenda Logradouro, perto do Quixadá. Apesar de ter 22 anos, a jovem dizia não pensar em casar, mas de vez enquanto "engraçava" à seu primo Vicente. Ele era o responsável pelo gado, era um homem rude e até mesmo com um ar selvagem. Com a seca, a família de Mãe Nácia, como era chamada por Conceição, decide ir para cidade e deixar Vicente cuidando de tudo. Vicente trabalhava incansavelmente para manter os animais vivos. Conceição começa trabalhar no campo de concentração onde ficavam alojados os retirantes e descobre que seu primo estava "de caso" com "uma cabocla qualquer". Diante da revolta de Conceição a Mãe Nácia a consola dizendo: "Minha filha, a vida é assim mesmo... Desde hoje que o mundo é mundo... Eu até acho os homens de hoje melhores." Mais tarde Vicente se encontra com Conceição e acaba demostrando certo receio dela. A jovem começa a tratá-lo com indiferença. Vicente fica bastante magoado com isso e não consegue entender a razão. As irmãs de Vicente armam um namoro entre ele e uma amiga, a Marinha Garcia. Ele porém se espanta ao perceber estava namorando, dizendo que apenas era prestativo a ela e não tinha a menor intenção de comprometimento. Conceição percebe a diferença de vida entre ela e seu primo e a impossibilidade de comunicação. A seca termina e eles voltam a fazenda Logradouro. Na segunda parte da obra, esta considerada a mais importante, é relatada a marcha trágica e sofrida do vaqueiro Chico Bento com sua mulher e seus 5 filhos, fazendo mençaõ aos retirantes. Chico Bento é forçado a abandonar a fazenda onde trabalhara. Junta algum dinheiro, compra mantimentos e uma burra para atravessar o sertão. O casal e os filhos tinham o intuito de trabalhar no Norte, na extração de borracha. Durante a viagem, em momento de fome, Josias, o filho mais novo, come mandioca crua, envenenando-se. Agonizou até a morte. O fim do menino está bem descrito nessa passagem: "Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra das mesma cruz." Uma cena que marcou a vida do vaqueiro Chico Bento foi a necessidade de ter matado uma cabra e depois descobrir que tinha um dono. Este o chamou de ladrão, e levou o resto da cabra para sua casa, dando-lhes apenas as tripas para satisfazerem a fome. Léguas após, Chico Bento dá falta do seu filho mais velho, o Pedro. Chegando ao Aracape, lugar onde supunha que ele pudesse ser encontrado, avista um compadre que era o delegado. Recebem alguns mantimentos, contudo não é possível encontrar o menino. Ficam sabendo que o menino tinha fugido com os tropeiros. Ao chegarem no campo de concentração, Chico Bento e o vaqueiro e passa a viver com um de seus filhos. Conseguem também uma passagem de trem e viajam para São Paulo, desistindo, assim, de trabalhar na extração de borracha.



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