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Os Bruzundangas
(Lima Barreto)

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Os Bruzundangas são uma coletânea de crônicas publicadas na imprensa por Lima Barreto. Essas crônicas revelam seu humor refinado e a sua sintonia com a realidade.Em Os Brunzundangas o nosso mestre da sátira na literatura brasileira, simula uma viagem de um narrador brasileiro ao país dos bruzundangas, o qual em tudo assemelha-se ao Brasil do início do século passado e o de hoje, cheio de elites incultas que dominam um povo, de pobreza, obsessão por títulos e riquezas e uma literatura de enfeite, sem sentido e desatualizada.O livro é um diário de viagem de um brasileiro que morou tempos na Bruzundanga, conheceu sua literatura, a Escola Samoieda que tinha uma educação falsa, monótona e afastada da cultura, com autores fúteis e aconchavados com a classe dominante; e que era regida por duas leis, consideradas leis dos "estatutos poéticos": "1ª - Sendo a poesia o meio de transportar o nosso espírito do real para o ideal, deve ela ter como principal função provocar o sono, estado profícuo ao sonho. / 2ª - A monotonia deve ser sempre procurada nas obras poéticas; no mundo, tudo é monótono.". O personagem de destaque nessas crônicas é o Visconde de Pancome que é uma caricatura de um personagem real de nossa História, o Barão de Rio Branco.A Bruzundanga tinha uma economia confusa que tendia a esgotar a riqueza do país e que era dominada pelos cafeeiros da Província de Kaphet. O povo tinha verdadeira obsessão por títulos, fossem os da nobreza ou o de doutor, mesmo quando seus possuidores não fossem nobres e tão pouco letrados. O ensino superior fascinava a todos na Bruzundanga. "Os seus títulos, como sabeis, dão tantos privilégios, tantas regalias, que pobres e ricos correm para ele. Mas só são três espécies que suscitam esse entusiasmo: o de médico, o de advogado e o de engenheiro."A Legislação da Bruzundanga também era criticada, pois a Constituição que elaboraram, inicialmente seguiu os moldes da do País dos Gigantes, embora depois tenha sofrido várias alterações. As várias interpretações da Lei maior deste país, aliás, se devem em grande parte a um artigo inserido nas disposições gerais que afirma que "toda a vez que um artigo desta Constituição ferir os interesses de parentes de pessoas da situação ou de membros dela, fica subententido que ele não tem aplicação no caso." Contudo, além deste artigo que permite que os dispositivos constitucionais não sejam seguidos à risca, há um artigo que nunca foi desrespeitado: o que estabelece as condições para eleição do presidente. Segundo este artigo, na Brunzundanga, o presidente, também chamado de "mandachuvas", deveria unicamente saber ler e escrever sem manifestação de nenhum sinal de inteligência ou vontade própria. Os ministros não deveriam entender nada das coisas da pasta que iriam dirigir, o que se exigia deles é que fossem bons especuladores, agiotas, sabendo organizar trusts, etc, e os deputados; estes não deveriam ter opinião alguma, apenas aquelas dos governadores das províncias que os elegeram. As províncias não poderiam escolher livremente seus governantes; as populações tinham de escolher entre certas e determinadas famílias, aparentadas pelo sangue ou afinidade. Repleto de caricaturas de personagens da vida política da época, como Wenceslau Brás e o Barão de Rio Branco, o livro é uma crítica ferina a sociedade brasileira, sua literatura sorriso da sociedade e sua organização político-econômica.



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