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Sagarana
(João Guimarães Rosa)

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Sagarana é um livro formado por vários contos notáveis de Guimarães Rosa e publicado em 1946.Em Sagarana tudo está ordenado, preparado para o bom funcionamento da narrativa. As epígrafes fazem a ligação entre o fim e o princípio da história como se fossem marcações morais de fábulas. O próprio título Sagarana, retirado de palavras de origem diferentes já nos remete a uma epígrafe, logo "Saga" – radical germânico, uma criação verbal a serviço do épico; "rana", sufixo tupi – à maneira de... Não existe em todo o livro uma única linha fazendo menção ao título, mas ele está sempre presente em todas as novelas pois, seu hibridismo metafórico informa a dupla natureza, universal e regional de Sagarana. Nesta obra poderemos ver vários contos, entre eles O Burrinho Pedrês, Sarapalha e São Marcos, em que o regionalismo mineiro é recriado na força de uma linguagem que consegue trabalhar a oralidade da história, da fábula e da própria criação. Em alguns contos, poderemos encontrar personagens criados em outros contos, dando continuidade a obra.Doutor é o narrador-protagonista. Em toda a narrativa só sabemos que é um "Doutor" por intermédio da fala de José Malvino que já logo no início da narrativa afirma: "Se o senhor doutor está achando alguma boniteza...", fora isso, nem mesmo seu nome é mencionado.Doutor vai passar uma temporada na fazenda do tio, seu tio Emílio, que fica no interior de Minas Gerais. Na viagem é acompanhado por Santana, inspetor escolar e por José Malvino. Chegando na fazenda, seu tio está envolvido em uma campanha política. O narrador-protagonista acaba sendo testemunha do assassinato de Bento Porfírio, um o crime que não interfere no andamento da rotina da fazenda. Doutor tenta conquistar o amor da prima Maria Irma e acaba sendo manipulado por ela. Acaba casando-se com Armanda, que era noiva de Ramiro Gouveia e sua prima Maria Irma casa-se com Ramiro.As histórias entrecuzam-se na narrativa, como a do vaqueiro que buscava uma rês desgarrada e que provocara os marimbondos contra dois ajudantes; o moleque Nicanor que pegava cavalos usando apenas artimanhas; Bento Porfírio assassinado por Alexandre Cabaça e a do plano de Maria Irma para casar-se com Ramiro.Mesmo apresentando os elementos usuais de outros contos, este conto difere no foco narrativo e na linguagem utilizada nos demais. Quem nos conta a história utiliza uma linguagem mais formal, sem grandes concessões aos coloquialismos e onomatopéias sertanejas. Aparecem alguns neologismos como: suaviloqüência, filiforme, sossegovitch, sapatogorof, entre outros, clássicos da literatura rosieana.A novidade do foco narrativo em primeira pessoa faz desaparecer o narrador onisciente clássico, entretanto quando a ação é centrada em personagens secundárias, como a de Nicanor, cuja a oniscência fica transparente.Sagarana é um conto que fala mais do apego à vida, fauna, flora e costumes de Minas Gerais que de uma história plana com início, meio e fim.



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