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Literatura Chinesa
(Unknown)

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A literatura chinesa da antiguidade apresenta uma grande dificuldade para o leitor ocidental: por um lado, devido ao formalismo ritual próprio desta cultura, cujas matizes escapam nosso modo de entender a vida, e por outro lado, devido à extrema dificuldade da língua literária, diferente do chinês falado (p'inghua) e que se usa desde épocas remotas, até 1920, quando começa a se impor a língua vulgar (mandarin).




O ‘Li-Ki’ e o ‘Yih-king’ são as obras mais antigas da literatura chinesa, que foram conservadas. Remontam a uma época anterior ao ano 1000 a.C. e são livros de caráter filosófico-ritual. Mas as duas figuras fundamentais da antiguidade chinesa são Confúcio (551? -479? a.C.), criador de um sistema moral de grande influência na cultura chinesa, e Lao-Tse, autor de ‘Tao-te-king’, livro em que as discussões metafísicas se elevam até o hermetismo.





Na idade de ouro da literatura chinesa (século VIII d.C.) se destacam, sobretudo, dois poetas: Li Po, vitalista e alegre, e Tu Fu, autor de uma lírica doente.O teatro chinês alcança um extraordinário florescimento na dinastia Yuan (séculos XIII e XIV), que culminará na dinastia seguinte, a Ming. Destacam-se, sobretudo, ‘O Círculo de Giz’ (Li-Hsemg-Tao) e ‘O Pavilhão’ (Mu-tan-t'ing). A partir do século XVII começa a se observar um contínuo revisionismo da arte tradicional, unido ao progressivo influxo de idéias do ocidente. Com a república (1911) se estabelece o chinês falado como único idioma literário, ainda que o próprio Mao-Tse-Tung seguisse as normas tradicionais na sua poesia.Apesar das óbvias dificuldades de divulgação das obras chinesas contemporâneas, se conhecem no ocidente alguns romances de extraordinária qualidade, e parece ser este o gênero mais desenvolvido na atualidade. Destacamos ‘Decadência’ (Yu Ta Fu, 1947), ‘Diário de um Louco’ (Lu Hsun, 1881-1936) e ‘A Montanha da Alma’ (do exilado e Prêmio Nobel de 2000 Gao Xingjian).



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