Resumo de Pierre Lèvy - Principais Idéias

PIERRE LÈVY - PRINCIPAIS IDÉIAS

Pierre Lèvy nasceu em 2 de julho de 1956, na França. É professor na Universidade de Ottawa, no Canadá. Graduou em História e pós graduou em Sociologia e História das Ciências. Tem mais de 10 livros publicados, maioria deles já traduzidos para o português. Pierre Lèvy veio diversas vezes ao Brasil, onde proferiu conferências e deu entrevistas. Teve sua vocação de pesquisador despertada, ao seguir os cursos de Michel Serres na Sorbonne. Convencido do papel fundamental desempenhado pelas técnicas de comunicação e pelos "sistemas de signos" na evolução cultural em geral, logo assumiu como sua principal tarefa pensar a “revolução informática”. Levy acredita que estamos frente ao século da globalização da informação e da desmaterialização dos suportes da informação. E isso permite as pessoas ter acesso a uma multidão de obras, serviços, dados, produtos, transmitidos e reproduzidos em grande velocidade e pelas mais variadas formas de produção e distribuição. Para ele, a internet permite hoje que milhões de pessoas se dirijam a um vasto público nacional e internacional. Pessoas que não teriam podido publicar suas idéias nas mídias clássicas como a edição em papel, nos jornais ou aparecer em televisão o fazem na internet. Lévy nos diz que o espaço cibernético traz consigo uma verdadeira mutação antropológica que acarreta alterações profundas na nossa maneira de pensar, de dar sentido ao mundo, de nos relacionarmos uns com os outros, de organizar a sociedade e assim por diante. Sua aposta é que: a longo prazo, é possível que o uso da internet conduza a uma renovação da democracia participativa local e a formas de governo mundial mais eficazes do que as atuais. Qualquer pessoa, navegando na rede, pode ter acesso a qualquer banco de dados de informações de utilidade pública em qualquer cidade, Estado ou país. Podemos, por exemplo, ter acesso, às políticas de uma cidade, de um estado e de um país. Podemos acompanhar, passo a passo, a execução de um orçamento e assim por diante. Para o filósofo, esta é uma utopia perfeitamente realizável. As ferramentas da Web podem propiciar aos movimentos sociais uma intervenção ágil em assuntos específicos, acentuando-lhes a visibilidade pública nunca antes visto. Lèvy acredita que a cultura cibernética possibilita um tipo de poder difuso, ao invés do soberano, que é "totalizante", e do disciplinar, que é de vigilância. Quanto mais a cultura digital cresce, mais se torna “universal” e menos "totalizável" operando numa dinâmica "caótica". E uma das potencialidade da informática que precisa ser apropriada pelos trabalhadores é a democracia. A internet nos traz a possibilidade de atuarmos em rede onde cada um de nós é um “nó”. Não há centro, a ação de cada nó, como um microcosmos dentro do cosmos pode influenciar e reconfigurar toda a rede. Para Lévy, a informática é, fundamentalmente, “um novo modo de reflexão” que muda não somente nossa visão de mundo como a maneira como nos relacionamos com ele. Diz ainda que, os computadores não surgiram apenas porque foram inventados os transitores, surgiram também porque foram desenvolvidas linguagens formais calculáveis. É por isso que o esforço para a educação, a inovação pedagógica, a formação intelectual e o ''capital social'' são os fatores chave do desenvolvimento da inteligência coletiva. Pierre Levy não acredita na possibilidade de uma inteligência artificial onde a máquina substituirá os humanos. Pois, a linguagem humana ultrapassa a rigidez da linguagem lógica dos computadores. Levy afirma que, as pessoas que se telecomunicam mais, são em geral, as pessoas que mais viajam e que mais encontram pessoas. Outra vantagem das novas tecnologias é que os deficientes fím a possibilidade de compensar suas deficiências utilizando de meios eletrônicos. Para Pierre Levy, as sociedades tendem a se organizar cada vez menos em padrões formais, e a valorizarem cada vez mais a aprendizagem cooperativa e coletiva como nova forma de organização. Teremos cada vez mais aulas virtuais, Bibliotecas virtuais e Laboratórios virtuais. Ferramentas de comunicação como: chats, fóruns, faqs, quadros de aviso etc. O trabalho será cada vez mais feito por grupos heterogêneos, articulando enorme quantidade de pontos de vista, respeitando a diversidade. A internet é de extrema importância como pilar para a democratização do saber, com sua diversidade e pluralidade. Lèvy percebe neste movimento o prosseguimento do processo de hominização, isto é, o prosseguimento do processo, não terminado, de surgimento do gênero humano. Para ele, o gênero humano já passou por três períodos históricos evolutivos: a oralidade, a escrita e a virtualização na qual se encontra. Portanto, a informatização ou virtualização representa mais um ponto positivo na evolução humana.

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