Dionélio Machado - Vida e Obra
(Unknown)
"Eu sou um rebelde", afirmou esse escritor que, ao lado de Graciliano Ramos, foi preso político durante o governo de Getúlio Vargas. Um dos introdutores da literatura urbana no Rio Grande do Sul, Dionélio Machado, com um estilo enxuto e cenas em flashes, soube renová-la, tornando-se um dos grandes precursores de uma escrita citadina contemporânea. ‘Os Ratos’, seu livro mais famoso, premiado e traduzido, numa ficção que narra as necessidades humanas em seus limites extremos, mescla um forte apelo social a angústias existenciais e psicológicas de uma pequena burguesia que se proletariza: são 24 horas na vida de um funcionário público em busca de dinheiro para liquidar uma dívida, pois seu baixo salário não lhe permite sustentar a família. O viés dramático do romance é extraído do acontecimento mais trivial, da vida anônima de qualquer um.‘O Louco do Cati’, outro dos seus romances, possui a singularidade de não ter sido escrito, mas ditado, num momento de enfermidade do autor, ressaltando o viés oral da literatura de Dionélio; Guimarães Rosa o considerava um dos dois ou três melhores livros que já lera.
obrasUm Pobre Homem (1927)Os Ratos (1934)O Louco do Cati (1942)Desolação (1944)Passos Perdidos (1955)Os Deuses Econômicos (1966)Prodígio (1980)Ele Vem do Fundão (1982)Memórias de um Pobre Homem (1990)O Cheiro de Coisa (1995)Dionélio Machado (1995)
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