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S. Frei Gonçalo Coelho
(Pitões das Júnias)

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Crónica : "Personalidades" - Uma Crónica da autoria de Anabela Carvalho, publicada mensalmente no Jornal Paroquial de Montalegre " Barroso a Terra e a Gente" e emitida semanalmente na Rádio Montalegre em 97.5 FM. Conheça a próxima personalidade brevemente na net!!!

Crónica : "Personalidades"
Frei Gonçalo Coelho

Hoje vou "falar-vos" sobre a personalidade de Frei Gonçalo Coelho, mais conhecido por S. Gonçalo.
Frei Gonçalo Coelho era natural de Chaves e monge Beneditino em Santo Tirso, onde já tinha fama de santo.
Em 5 de Fevereiro de 1499, séc.XV, foi nomeado Abade do Mosteiro de Santa Maria das Júnias. Para além de Abade deste Mosteiro, situado a 2 km e a sudoeste de Pitões, era simultaneamente pároco da freguesia de Pitões, aldeia do Concelho de Montalegre, situada no extremo leste do Parque Nacional da Peneda - Gerês em Portugal, e de Cela, na Galiza, situada na vertente norte da Serra do Gerês. A freguesia de Cela, situada a doze quilómetros, exigia que Frei Gonçalo Coelho para aí exercer o seu apostolado percorresse caminhos serranos inóspitos e muito perigosos, não só devido ao clima rigoroso que tinha de enfrentar durante o percurso pedestre na quadra invernosa, mas também devido à grande probabilidade de indesejáveis encontros, podendo estes ocorrerem com pessoas nada recomendáveis e ou animais selvagens que eram abundantes mais abundantes na época, pois alguns já se encontram extintos e outros em vias de extinção. Pelo que se sabe, depois da sua nomeação como Abade do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, dirigiu-se o humilde e bondoso santo a Braga, com o objectivo de prestar obediência absoluta ao Arcebispo D. Jorge da Costa. Regressado ao Mosteiro da Júnias, dedica-se inteiramente à sua missão evangelizadora e caritativa às populações então muito carenciadas de todos os meios médicos, humanitários, culturais, etc., quer de Pitões, quer de Cela.
É precisamente depois de regressar de Cela a Pitões, após um dia de intenso labor no âmbito do exercício do seu apostolado, que ele encontra a morte por enregelamento, depois de surpreendido pela noite, neve e frio intenso, em plena Serra do Gerês, junto a Fonte Fria, no dia 2 de Fevereiro de 1501, Séc. XVI, que por coincidência ou não, era o dia da Festa da Purificação de Nossa Senhora.
Os frades do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, ao darem pela falta do Santo Abade e alertados e admirados pelo tanger intenso, interminável e afinado dos sinos do Mosteiro, sem que alguém fosse responsável directo pela ocorrência de tal fenómeno, reuniram populares e foram à sua procura encontrando-o morto, de joelhos, enterrado na neve, de olhos fixos no céu e com os braços em cruz. Diz ainda uma tradição local e transmitida oralmente ao longo de gerações que Frei Gonçalo Coelho tinha previsto sua morte e a anunciado na missa de Domingo anterior ao seu falecimento e que os sinos só pararam de tocar quando frades e populares o sepultaram dignamente junto ao Mosteiro de Nossa Senhora das Júnias. Depois de terem presenciado tais milagres, testemunhos indicadores da santidade do Abade, foi este reconhecido como santo, ficando na história de Pitões com o nome de São Gonçalo.
Muitas povoações portuguesas e espanholas da região, durante séculos, fizeram peregrinações ao túmulo de São Gonçalo, rezando junto deste em horas de aflição e de gratidão pelas preces atendidas, confiando suas vidas, alegrias e necessidades a este bondoso intermediário entre Deus e os homens. É sabido também que ainda em finaisdo Séc. XIX, a cabeça de tão grande santo era venerada na igreja do Convento. Esta grande e popular devoção, seria aconselhável que renascesse, pelo menos, com a grande intensidade de outrora para bem de todos na região de Barroso e que um dia o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, da Ordem de Cister, com uma história tão rica e tão bela, fosse restaurado e pudéssemos assim voltar um dia a ouvir e sentir orações rezadas baixinho, por pessoas que abdicaram generosamente da concretização de seus sonhos pessoais numa total doação, reveladora da bondade, caridade e amor pelo próximo, autêntica manifestação da presença de Deus no coração dos homens.

Anabela Carvalho
[email protected] / http://www.anabelacarvalho.no.sapo.pt


Visite Montalegre! Visite as ruínas do Mosteiro cisterciense de Santa Maria das Júnias cujo edifício original data do Séc. IX!



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