A Cômoda
(Jean Faust)
Ela jamais tinha encontrado um homem que, em se tratando de roupas de baixo femininas, não dizia nada. Era fácil para mim calar-me, eu não as havia visto nunca, a não ser nos anúncios publicitários ou nos catálogos, jamais numa mulher, jamais de perto, jamais em 3D. Eu a olhava, sentada à minha frente e pela primeira vez na minha vida, eu imaginei que, debaixo da roupa que eu via, ela vestia, provavelmente, como seus clientes, pequenos retalhos de texturas leves, de fios high-tech, de tecido delicado, que eu não via. Eu começava a vislumbrar o efeito que podem produzir esses "quase nada" sobre um homem. Localização: http://www.manuscrit.com/catalogue/textes/fiche_texte.asp?idOuvrage=4073
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