Uma vez viciado, sempre viciado
(site internet)
Herança genética do vício Cada indivíduo tem a sua biologia particular. Toda essa parte biológica é gerenciada pelo que nós herdamos, pelos genes, que vão orquestrar todo o funcionamento do sistema de RNA e de funcionamento da célula. Então as pessoas têm vulnerabilidades diferentes para desenvolver esses mecanismos de adaptação. Algumas pessoas podem até não desenvolver os mecanismos de adição. Mas nós sabemos que tem um grupo mais vulnerável que desenvolve essa resposta celular, em geral 10% da população. O que quer dizer isso? Esses 10% vão ter o mecanismo ativado com o tempo e serão aqueles que irão precisar de muita droga para ter o mesmo efeito que tinham no início. Então começa-se a ingerir quantidades tóxicas, seja de álcool ou de cocaína. Esse é o vício. A célula desenvolveu a tolerância. O que é a tolerância? O indivíduo como tempo passa a tolerar grandes quantidades seja de álcool seja de cocaína. Por isso que ele precisa de uma quantidade maior para sentir o mesmo efeito. De sorte que, no começo, se o indivíduo usar meio grama de cocaína, ele pode morrer. Uma pessoa que desenvolve os mecanismos de tolerância, pode usar 15, pode usar, 3, 5, 15 gramas em 24 horas e o cara está lá, não morre. Por quê? Porque ele desenvolveu tolerância e ele precisa aumentar. Qual a chave do problema? Uma vez viciado, sempre viciado Uma vez desenvolvido o mecanismo de defesa celular, nós não sabemos como desativá-lo. Por isso que uma pessoa que desenvolve o vício permanece com o vício. A comparação que eu faço é com a transamazônica. Uma vez que se abriu aquele caminho, aquele caminho está aberto. Quando entrar cocaína, vai passar por ali. Porque a estrada, bem ou mal, está aberta. O indivíduo que desenvolve a adição nunca mais vai usar a droga como usava antes. Aquilo fica guardado no célula, fica na memória celular.
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