Cintura feita em casa
(Pablo Santos)
A publicitária Íris Duarte, de 29 anos, sonhava com uma cinturinha de pilão desde os 13 anos. A avó sugeriu uma cinta, mas ela preferiu uma peça mais antiga: o espartilho, ou corset (variação com barbatanas feitas de aço), excluído do armário feminino pela primeira vez no século 18. Passados 300 anos, mulheres voltam a comprimir a silhueta para desenhar o "corpo de violão".
Em 2005, a cintura de Íris media 86 cm e, em fevereiro de 2006, passou para 76 cm - com o corset, chegava a 71 cm. "Parei porque eu estava ficando "fake". Tenho uma estrutura grande, começou a ficar estranho. Foi bom senso."
A técnica de afinar a cintura por meio do corset é conhecida como tight lacing (TI). As centenas de praticantes se reúnem em comunidades virtuais, nas quais encomendam peças sob medida. Entre os relatos, há manifestações de dor, falta de ar, noites mal dormidas e refeições interrompidas.
"No comecinho eu sentia um incômodo, mas sofrimento só acontece quando a mulher aperta demais logo no início. Não se perde 10 cm em um dia. É como aparelho de dente, que o dentista vai apertando aos poucos", diz Íris.
A técnica divide os médicos. A Sociedade Brasileira de Traumatologia reprova o TI por considerar que o excesso de compressão pode causar danos irreversíveis. Íris, contudo, disse que recebeu aval de um especialista. "Como eu não tinha problemas ortopédicos, fui liberada."
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