Resumo de Para cada filho uma educação diferente

Para cada filho uma educação diferente ;Querer criá-los exatamente da mesma forma é um erro. É preciso agir de acordo com o jeito de cada um Uma das questões que mais angustiam os pais é saber como lidar com filhos que têm qualidades e personalidades bem diferentes. Por exemplo, um extrovertido e o outro tímido ou um organizado e o outro mais desleixado. Muitos acreditam que, para não cometer injustiças, devem dar uma educação idêntica a eles. Na opinião dos especialistas, essa é uma idéia equivocada. "Os princípios da criação, claro, devem ser os mesmos", diz a psicóloga Giselle Melo, do Rio de Janeiro, especialista em crianças e adolescentes. "Mas a forma de tratar os filhos precisa respeitar o jeito e as qualidades de cada um deles." Confira os conselhos dos especialistas para lidar com os conflitos causados pelas diferenças entre os filhos. Como resolver 6 dilemas 1. Eles brigam o tempo todo e, quando você pergunta o que aconteceu, um joga a culpa no outro. O que fazer? Essa situação ocorre muito. Quanto menos você atender aos pedidos de "mãe, olha ele!", melhor. Você só deve interferir quando a situação ficar intolerável ou chegar à agressão física. Mas, fique atenta: é comum nesses casos os pais tomarem partido de um dos lados (em geral, do mais "fraco"). Se não tem certeza de quem é o culpado, dirija a bronca aos dois. Não penalize o mais velho com castigos maiores pela mesma desobediência do menor. Dentro de casa é que eles começam a aprender a se relacionar socialmente. 2. O tênis de um rasgou e você vai com os dois comprar um calçado novo. O outro também quer ganhar um. Dar ou não? Não é preciso dar o mesmo produto aos dois quando só um dos filhos precisa dele. E, se ele fizer birra ou chantagem, o ideal é não dar mesmo. O mesmo princípio vale para o tempo dedicado a cada criança. Se uma delas tem mais dificuldade com as lições de casa, por exemplo, os pais não precisam se sentir culpados por lhe dar mais atenção. 3. O caçula virou astro do time de futebol da escola. Usar ou não isso como exemplo para o filho mais velho, que é sedentário? Evite cair na tentação de usar o comportamento de um para estimular o outro a fazer algo - por mais nobre que seja a sua intenção. Em vez de perguntar: "Por que você não se esforça para ser como seu irmão?", pergunte: "Você gosta dessa atividade ou prefere outra?" Dessa forma, você tem mais chances de obter o resultado desejado e não acentua ainda mais a competição que sempre existe entre irmãos. 4. Os dois já querem andar de ônibus sozinhos, mas você acha que só o caçula está pronto. Deixa ou não? Sim, e é importante que o mais velho saiba o motivo. Lembre a ele, por exemplo, que o caçula sempre volta para casa no horário combinado, ao contrário dele. Mas, cuidado: se um dos dois for cobrado ou protegido em excesso, vai achar que só há pontos negativos em ser mais velho ou mais novo. Cada conquista tem o seu tempo certo. Os pais não devem adiantá-las ou atrasá-las. É importante que os filhos aprendam a esperar a sua vez. 5. Eles vivem dizendo que se odeiam - e você se preocupa em fortalecer os laços de família. Como agir? Dizer que odeia o irmão é muito comum, principalmente no meio de uma briga ou disputa. Os pais ficam arrasados com isso. Não é necessário. É claro que você deve exigir entre as crianças o respeito mútuo, mas lembre que afeto é um sentimento que não deve ser imposto pela família, tem que surgir naturalmente e cultivado dia-a-dia. E, acredite, ele vem. As raivas passam e os laços fraternos duram para o resto da vida. 6. Um deles é mais apegado à mãe. Já o outro se identifica mais com o pai. Como lidar com isso? Primeiro, é preciso aceitar que essa diferença existe e ter maturidade para não se deixar levar pela insegurança e pelo ciúme. Se a sua filha gosta mais de dialogar com o pai, deixe-os conversar à vontade. O importante é que os pais atuem na educação dos filhos em parceria.

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