O eterno viajante
(GOMES; Valderez Cardoso)
A história de Luís de Camões é marcada por incertezas factuais, não sendo possível afirmar claramente dados como data de nascimento, sepultamento, cidade natal, escolas, pais, infância etc. No que diz respeito à tristeza que marcou a sua vida imagina-se que provenha tanto dos seus infortúnios amorosos como do seu destino. Segundo alguns historiadores, o poeta teve uma vida repleta de aspectos negativos, teria nascido pobre e vivido na miséria. Supõe-se que tenha estudado em Coimbra onde teria entrado em contato com a cultura greco-latina, mais tarde refletidas nas suas obras. Ainda jovem teve de deixar a corte para se lançar a uma vida cheia de perigos na África. Numa batalha em Ceuta, acabou perdendo um olho. No entanto, soube utilizar suas experiências boas ou más para a elaboração de sua obra. Devido ao período em que viveu, o Renascimento, fora chamado à aventura heróica, e a criar sua célebre epopéia “Os Lusíadas”, fruto de sua observação entre dias de lutas e de navegação. Assimilou todas as correntes estéticas e filosóficas de sua época. Sua lírica canta as disparidades da existência, voltando-se principalmente para o amor, homenageando as mulheres por ele amadas. A poesia camoniana é cheia de paradoxos: atração física e desapego; desejo ardente e amor sublimado; apelo dos sentidos e amor platônico. Na épica, também, o tema de Camões é plural, o povo é herói e protagonista. E o próprio Camões não se contenta em apenas escrever, ele entra na história para contar a aventura do povo português, já que seguiu, também no plano real, a mesma rota de Vasco da Gama seu protagonista imortal.
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