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Medicina e administração hospitalar (cont.)Dr. Antônio Eduardo Antonietto Junior*A administração hospitalar é nítida e positivamente política. E há, no conjunto conceitual da política, um naco popular, simplista, partidário e cotidiano que estão presentes em alguns instantes pitorescos como nos processos de decisão, na administração de conflitos, nos processos de reengenharia, nas definições de estratégias de curto, médio e longo prazo, nas fusões com outras empresas, nas implementações da ética corporativa etc. É deste naco da política que vou tratar.Arte, ciência e política na administração hospitalar – Não tenho experiência para falar de outros ramos da economia, mas em hospitais os processos decisórios são permeados de debates políticos que, por vezes, mais parecem um fórum da assembléia legislativa. Certamente, erra-se menos nestes processos, justamente como conseqüência deste ”viés” político. É certo também que não é mais possível tomar decisões sem um caminhão de informações. Mas é possível, e felizmente raro, que decisões sejam tomadas tão somente com o caminhão de informações. Enfim, sem a dimensão política a probabilidade de tomar decisões erradas é maior.Nem precisa de argumentação para perceber a presença da política na administração de conflitos. Sejam estes de que níveis forem. Nos processos de reengenharia e nos processos de fusões de empresas a política praticada faz analogia direta com típicas campanhas de comunicação, convencimento, de vendas de produtos, ou mesmo eleitorais. É sempre necessária a persuasão de pessoas em todos os níveis de gestão. Quando se trata, então, de convencer os níveis operacionais as técnicas de persuasão em nada diferem de campanhas como anúncios em jornais, TVs, rádio e outdoors com toda a carga panfletária, dogmaticamente pertinente e impertinente.De maior impacto e periculosidade são as definições das estratégias. Penso que, nestes casos, a política jamais poderá não estar presente, mas deve ser relativizada. Decisões de estratégia com peso político relativamente alto tendem a dar com os burros na água. Neste caso a dimensão científica deve prevalecer intensamente, sempre com uma pitada de arte. Ressaltando que a palavra pitada é completamente indefinida, assim como a pitada de sal das receitas gastronômicas. A recomendação atual nas receitas, assim como na administração hospitalar, seria mais bem definida como “arte a gosto”, tal como o sal. Exemplo: a situação atual do Incor de São Paulo, recentemente divulgada, entretanto “a crônica de uma crise anunciada”, há anos.Por ser um assunto compreensivelmente silencioso e sensível, e porque exigiria uma reflexão muito mais profunda e cuidadosa evitarei detalhar a dimensão política na ética hospitalar. Apenas para contribuir com a reflexão de grupos influentes de intelectuais da administração hospitalar que, como é de amplo conhecimento, estão permanentemente atentos, não posso deixar de reforçar a preocupação com algumas relações duvidosas e inaceitáveis culturalmente, de determinados fornecedores de insumos hospitalares. Neste caso só a dimensão política é capaz de suportar... Escreva o seu resumo aqui.
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