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os mesmos erros. Acho que assim são os negócios, assim é a vida. O esporte ensina muito para a gente, não?! Você disse que, no esporte, as regras são claras... Como transportar isso para o mundo dos negócios? O Brasil que dá certo hoje é o Brasil empresarial. Só que ainda carece de regras mais claras, mais bem definidas. E isso deveria vir do governo. Nós vivemos num país que tem um Código Civil muito amplo, um volume enorme de leis, que até se sobrepõem e se contradizem, onde não há regras claras para seu funcionamento, em que o mundo político é uma prova de quanto tudo isso é obscuro. Num lugar assim, você certamente tem dificuldade de entender o certo e o errado, o ético e o imoral... E isso se reflete na vida empresarial. Seria preciso mudar o país para mudar o mundo dos negócios, na verdade. Eu confesso que era socialista e estatizante até conhecer a máquina estatal... Pode nos explicar isso? Eu defendia que a solução para o Brasil vinha pela eficiência do Estado. Depois que tive a experiência de trabalhar em governo, deu para ver quanto o governo é ineficiente com o dinheiro público. Ele arrecada muito e gasta mal. Os poderes constituídos são muito corporativistas –o Judiciário, sobretudo, e o Legislativo também. Eles atendem a sociedade, sim, mas primeiro se atendem. Ao ver isso, eu passei a defender que o governo requer muito mais agilidade, tem de ser mais liberal, o Estado menor, mais enxuto. E assim se definiria melhor a regra do jogo empresarial. Gostaria que você falasse um pouco sobre sua experiência de gestão no setor público. Você conseguiu implementar suas idéias? Como secretário de esportes do governo FHC, o que fiz, na verdade, foi ampliar os programas já existentes, estendendo-os para o território nacional. Eram programas como Esporte Solidário e o projeto de fabricação de material esportivo em presídios, que era o Pintando a Liberdade, anteriores à minha chegada ao governo federal. Eles surgiram na gestão do ex-ministro Pelé, mas existiam de forma simbólica. A minha luta foi no sentido de enviar uma explicação à sociedade do porquê desses programas, de qual é o papel social do esporte. Busquei fazer o possível para obter avanços significativos na política esportiva nacional. Mas tive grandes dificuldades. Tive de aprender a lidar com a ineficiência do Estado... Outro projeto muito importante em que investi, e que surgiu na gestão do ministro Carlos Melles, foi o Esporte na Escola. Por meio desse programa consegui pelo menos influenciar o Congresso Nacional e o Ministério da Educação para resgatar a educação física obrigatória na escola e permitir que o recurso público destinado à educação pudesse ser aplicado na prática esportiva, em quadras poliesportivas, no calendário esportivo escolar. A mesma visão eu tive como secretário estadual paulista com o Programa Esporte Social e com o Projeto Navega São Paulo, que é uma derivação do Projeto Navegar, que já existia e que eu implantei no governo federal. Esses programas, de certa forma, ainda existem, com nomes diferentes... O Projeto Navegar é hoje uma ação dentro do projeto Segundo Tempo, do atual governo Lula. E o Esporte Solidário e Esporte na Escola foram fundidos num só programa, que é este Segundo Tempo. Mudaram de nome, mas a essência é basicamente a mesma. Então, é possível fazer as coisas acontecer no governo, sim. Precisa-se de bastante fibra e persistência, algo que os atletas normalmente têm. Interessante: você não tem a vaidade de ter um programa seu, dispõe-se a executar programas alheios. Mas se dispõe a rompê-los quando necessário também, não? Foi mais ou menos isso que você fez em sua presidência na Federação Brasileira de Vela de Motor (FBVM), quando, no início deste ano, ao assumir o cargo, solicitou intervenção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)? Precisei auditar as contas da entidade e, ao constatar um rombo muito grande HSM Management 62 maio-junho 2007 decorrente de dívidas contraídas por causa de sistema de bingo, tomei, sim, a atitude drástica de solicitar a intervenção do COB. Após uma série de análises, do COB e de nosso Conselho Fiscal, decidiu-se que o COB passaria a comandar a Federação Brasileira e ele tornou-se responsável por executar os recursos previstos para a vela, garantindo a programação da vela panamericana e olímpica. Fiz tudo isso para garantir que a vela não sofresse pela situação de inadimplência. Em contrapartida, eu passei a atuar como diretor de vela, em cargo voluntário, dentro do Comitê Olímpico Brasileiro. Por que você defende a obrigatoriedade da educação física na escola? Nem todos nascem para fazer esporte... Mente sã em corpo são. A pessoa que tem desenvolvimento intelectual sem ter desenvolvimento físico não é uma pessoa saudável nem no aspecto intelectual. Eu acho que a educação física é uma matéria tão importante quanto matemática, português, literatura. Desenvolve a disciplina, o espírito de equipe, a interação com a natureza e com o próprio corpo para explorar capacidades, o respeito às regras, que são muito claras no esporte. A educação física hoje, em qualquer país sério, não só é obrigatória,



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