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Meu pai, que era desportista, nos passou o que eu acho que há de mais importante para  a carreira esportiva: a disciplina, a dedicação e o patriotismo. O patriotismo pode parecer  piegas, mas ele é determinante na busca de um grande resultado. Quando você está em  condições de igualdade com um adversário numa Olimpíada, por exemplo, onde todos têm  talento, bom julgamento, base, treinamento e preparo físico, o que pode ser decisivo é o  preparo emocional. Na hora em que você está cansado ou abatido, com frio ou com calor,  e tem de puxar força de algum lugar, você pensa o que pode representar o seu triunfo na  auto-estima de seu país –é o lado em que patriotismo saudável é importantíssimo.  Acho que o patriotismo pode ser eficaz até para os gestores de empresas neste mundo globalizado.  Essa receita de desempenho que junta fibra com disciplina, dedicação e patriotismo saudável é  o que explica a incrível recuperação da tragédia que lhe aconteceu em 1998? Muitas vezes, os  gestores caem, desistem diante de dificuldades bem menores...  Acredito, sim, que esses valores foram importantes para que eu entendesse o que  eu tinha e o que eu teria de fazer para superar aquilo. Como também foi importante, é  claro, a solidariedade do povo brasileiro, o carinho da família e dos amigos dos esportes...  E, sobretudo, das pessoas que eu tive a oportunidade de conhecer, que passaram  por situações semelhantes e eram bem-sucedidas na vida. Por isso, eu procuro hoje ser  uma referência para outras pessoas.  O esporte nos ensina a grande lição: você não pode se entregar nunca, tem de lutar  até o final. Eu já perdi regatas ganhas e já ganhei regatas perdidas. Não podemos entregar  os pontos jamais, porque os resultados mudam. Isso é, de certo modo, ter fé na vida,  acreditar que a vida vale a pena.  E como você gerencia o fato de ser atleta e gestor ao mesmo tempo?  Na verdade, eu ocupo três funções simultaneamente: a de esportista, a de gestor e  ainda a de líder político setorial . O fundamental é saber separar os interesses, o que requer  certo desprendimento.  Por exemplo, eu como gestor na vela tenho de defender a coletividade no esporte, mas  não posso usar a gestão em benefício próprio como atleta candidato a conquistar vaga em  alguma competição (aí vem uma questão ética, que é muito firme). E como gestor esportivo  Oiatista brasileiro Lars Grael faz parte  do infelizmente restrito clube dos  medalhistas olímpicos brasileiros. Das 66  medalhas conquistadas pelo Brasil em  108 anos de Olimpíadas, duas couberam    a ele: Grael ganhou medalhas de bronze  nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) e  Atlanta (1996). Pela classe Tornado foi  ainda terceiro colocado na Pré-Olimpíada  de Barcelona (1992), pentacampeão  sul-americano e decacampeão brasileiro.  Pela classe Snipe, havia sido campeão  mundial (1983).  Depois do acidente em 1998,  quando o atropelamento por um jetski  o levou a amputar uma perna,  continuou acumulando conquistas,  ano após ano: recorde na regat a  Recife-Fernando de Noronha na classe  Oceano (em 1999), campeão carioca  pela classe Soling no Rio de Janeiro  (2000), campeão da Semana de Vela  de Ilhabela (2001), campeão paulista  da classe Star em Santos e campeão  brasileiro da classe Oceano (2004),  campeão sul-americano na classe Star  e vice-campeão mundial na categoria  12 metros (2005), campeão brasileiro  na classe Oceano (2006).  Sua excelência de desempenho no  esporte é indiscutível, assim como o é sua  capacidade de auto-reinvenção. Depois do  acidente, ingressou no mundo da gestão.  Atuou como Secretário Nacional do Esporte  e Turismo no governo de Fernando  Henrique Cardoso e como secretário de  Estado da Juventude, Esporte e Lazer no  governo estadual paulista, na gestão Geraldo  Alckmin, em que fomentou programas  importantes.  Tornou-se também comunicador: publicou  um livro, A Saga de um Campeão (ed.  Gente), e tem um blog, <www.larsgrael.  com.br/blog.asp>. É presidente da Comissão  Nacional de Atletas (desde 2003) e  membro do Conselho Nacional de Esporte  (desde 2002). E, em março último, assumiu  o cargo de superintendente do público na  Light do Rio de Janeiro. Grael tem curso  de administração de empresas incompleto  pelas Faculdades Moraes Júnior, do Rio  de Janeiro. Faz questão de falar da importância  de seu pai em sua formação: o  pai, militar, era esportista e foi presidente  da Comissão Desportiva Militar Brasileira e  vice-presidente do Conselho Internacional  de Esportes Militar.  Saiba mais sobre Lars Grael 
 
  
 
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