Globalização
(Joao Ricardo Silva Macedo)
GLOBALIZAÇÃO
Segundo Silva Filho (1997, p. 59-60), quando falamos de globalização não estamos falando de outra coisa senão de desenvolvimento capitalista, da internacionalização do capital. A globalização não é um fenômeno recente, como todos pensam, e sim o resultado de um processo relativamente longo, desde o surgimento do capitalismo, desde o mercantilismo, pois as caravelas que cruzavam o mundo não eram outra coisa senão parte desse processo de globalização, inerente ao capitalismo. “A grande indústria criou o mercado mundial, já preparado pelo descobrimento da América”, diria Marx, com propriedade. Muito do que é visto como novidade, em verdade, não o é. A globalização da economia e da sociedade só pode ser entendida no contexto histórico de desenvolvimento do capitalismo:” “Mediante a exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caráter cosmopolita à produção e ao consumo de todos os países. (...) As antigas indústrias nacionais foram destruídas e estão sendo destruídas continuamente. (...) Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas com produtos nacionais, surgem necessidades novas, que reclamam produtos dos países mais distantes e de climas os mais diversos. Em lugar do antigo isolamento das regiões e nações que se bastavam a si das mesmas, se estabelece um intercâmbio universal, uma interdependência universal entre as nações.” Para Rattner (1995, p. 68-69) a globalização iniciou-se no pós-guerra com a expansão acelerada da internacionalização da economia. A década de 80 confirmou o advento, a partir do Japão, de um novo paradigma de produção e de organização industrial, combinando automação flexível com gestão e sistemas de comunicação informatizados. E a universalização deste paradigma foi proporcionada pela desregulação, privatização e desestatização.
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