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Equilíbrio pessoal e profissional – mais do que retórica (cont.)André Dametto*As pessoas também querem mais tempo nas vivências pessoais, porém no formato típico, ou seja, querem menos interferências do pessoal sobre o profissional. A média atual de horas dedicadas a vivências pessoais é de 5,51 horas durante a semana e 10,28 horas em fins de semana e feriados. Para a amostra, o ideal seria de 7,25 horas durante a semana e 13,32 horas em fins de semana e feriados. Conseqüentemente, as pessoas querem menos tempo nas vivências profissionais, e reduzindo drasticamente as interferências do profissional sobre o pessoal.Na amostra pesquisada, a média atual de horas dedicadas a vivências profissionais diariamente é de 11,57 horas durante a semana e 5,34 horas em fins de semana e feriados. O ideal seria de 8,7 horas durante a semana e duas horas em fins de semana e feriados.Um fato curioso na pesquisa foi que a percepção de equilíbrio tem uma leve queda após a reflexão da quantidade de horas das vivências. As pessoas que se enquadraram no modelo de extrapolação foram as que observaram menor variação na sua percepção de equilíbrio. Isto indica que o modelo mental de extrapolação (ou correlação positiva) também é relevante para a questão do equilíbrio, evitando as grandes dissonâncias que podem servir de armadilha para a questão da percepção do equilíbrio, conforme alertado no início deste artigo.Para validar a hipótese do trabalho, pedimos que as pessoas apontassem sua percepção de equilíbrio pessoal e profissional, depois preenchessem as horas dedicadas a vivências pessoais e profissionais, e depois novamente apontassem sua percepção do equilíbrio. Verificamos que o maior grau de correlação entre equilíbrio e satisfação se deu entre as variáveis percepção do equilíbrio após a reflexão da quantidade de horas nas vivências e a satisfação de vida. Foram verificadas relações pouco relevantes entre percepção de equilíbrio antes da reflexão e a satisfação nas vivências pessoais e profissionais. Isto indica que as pessoas mais satisfeitas são aquelas que possuem a maior percepção de equilíbrio sim, mas uma percepção baseada em valores pessoais e horas em cada vivência.Na pesquisa também foram feitas entrevistas qualitativas, em que foi destacada a importância do autoconhecimento como o principal planejamento de vida de uma pessoa, acessando seus valores e diagnosticando o que é importante na vida. Existiu um consenso entre os entrevistados de que o autoconhecimento é o norte para a questão do equilíbrio pessoal e profissional. Uma vez acessados estes valores, cabe então à pessoa a disciplina de respeitá-los, sendo apontada como a principal dificuldade na incorporação da questão do equilíbrio no dia a dia.Uma entrevistada apontou que o equilíbrio é uma competência a ser aprendida, assim como as competências profissionais que assimilamos nas faculdades e organizações. Um alerta a ser feito é que, por tratarmos a questão do equilíbrio como uma percepção, esta aprendizagem é muito mais uma auto-análise do que a imposição de um parâmetro fixo do que seria este equilíbrio. O risco é gerar uma “equilibriologia” que imponha regras de equilíbrio, sem respeitar a percepção de cada pessoa em relação ao mesmo.
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