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Crises na força de trabalhoOctavio Leon*Impactos previsíveis – A partir de nossa perspectiva, vamos analisar alguns efeitos na economia.Primeiro, os programas para suportar os aposentados tem que mudar. Todos eles foram previstos com uma expectativa de vida menor do ser humano. Se o idoso está vivendo mais tempo do previsto, o buraco nos planos sociais é gigantesco. Não só nos planos sociais quanto nos corporativos; a General Motors e outras corporações suportam mais ex-funcionários aposentados do que os ativos, por exemplo.Segundo, nem os filhos e às vezes, netos, todos trabalhando, poderão sustentar suas famílias assim como as de seus pais e avós, ao mesmo tempo. Poucas oportunidades, baixos salários e uma família grande; onde uma boa parte dela é economicamente improdutiva.Terceiro, nossos políticos vão dirigir mais seus programas e discursos para os idosos. Eles estão se tornando maioria. Mais investimentos nesse setor estão sendo esperados para conseguir aqueles votos que vão fazer a diferença. Obviamente, sacrificando programas e orçamentos de maior importância para o cidadão economicamente ativo.Quarto, a perda efetiva de talentos, experiência e conhecimento nas empresas, com a aposentadoria antecipada dessa força de trabalho “ainda jovem”.Sexto, e talvez mais importante para o Brasil, que sendo um país em desenvolvimento deveria proporcionar maiores oportunidades de emprego e uma contínua geração de novos talentos para suprir a demanda. Os fenômenos referidos acima afetam diretamente nossos planos de crescimento. E ninguém está ajustando estes planos para confrontar as mudanças.Sétimo, temos que aprender com os países que diante da falta de novos talentos e significativa diminuição na força de trabalho, ou estão importando esses talentos ou utilizando um apoio remoto na forma de programas “offshoring”, ou, ainda, principalmente, ficando mais atentos a novos programas para aumentar a produtividade de sua força de trabalho.A combinação de uma escolha bem seletiva de quais são os melhores talentos a serem absorvidos pela empresa, sejam nativos ou estrangeiros, e uma agressiva gestão para desenvolver maior produtividade interna são agora mais importantes que os tradicionais programas de RH.O grande desafio do novo gerente da área de RH é utilizar soluções que permitam fazer essa seleção e que o habilitem a aumentar a produtividade de seu time no curto e longo prazo.© HSM

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