Por que sabotamos nossa felicidade?
(HELENA MARTINS DANIEL)
Escreva o seu resumo aqui.Por que sabotamos nossa felicidade?
"A felicidade está onde a colocamos e não onde a procuramos"
Ultimamente tenho dedicado parte de meu tempo no estudo do tema
felicidade, principalmente por observar o quanto essa pequena palavra
pode significar para cada um de nós separadamente. Felicidade é um tema universal,
é um estado de ser que todos nós, sem excepção, buscamos, mas poucos de
nós conseguem contactá-la. Como é um estado de espírito, a felicidade
está dentro, e não fora de nós. E por mais que busquemos a felicidade em coisas como um
salário maior, um grande amor, ou qualquer coisa que não esteja dentro
de nossos corações, não conseguiremos encontrá-la. Você já parou para
se perguntar o que o torna feliz ou infeliz? Qual o verdadeiro
significado da felicidade para você? Penso que felicidade é um estado que brota a partir do
sentimento de liberdade e prazer. Penso ser impossível sentir-se feliz
se não nos sentirmos livres. Mas certamente, aquilo que me faz feliz,
pode não fazer sentido algum para você. Aceitar as diferenças é também
uma forma de construção da felicidade. Muitas pessoas consideram a infância como uma época de grande
felicidade, e vivem mais no passado, idealizando-o, e consequentemente
negando a vida presente. Mas é agora, no momento presente, que devemos
depositar todas as nossas energias na construção de uma vida mais plena
e feliz. O passado existe apenas em nossas memórias, a não ser em casos
especiais, onde alguns traumas não resolvidos ainda gritam com força
nos impedindo a felicidade. Todos nós queremos que nossas vidas sejam mais do que a luta
pela sobrevivência. Todos nós sentimos amor, temos vida, sonhos e
fantasias em nossos corações, e na maioria das vezes não damos vazão a
esses maravilhosos sentimentos. Mas afinal, por que deixamos que nosso amor e alegria
desapareçam, se sonhamos diariamente com a felicidade, e procuramos por
todo o tempo o amor? Por que sabotamos nossa felicidade? Por que temos
tanto medo da liberdade e do prazer? Por que anestesiamos nossos sentimentos, nossas sensações corporais?
Na realidade, enquanto estivermos anestesiados, não
conseguiremos nenhum sucesso em nossa busca, pois quando o prazer está
ausente de nossas vidas, quando perdemos a sensação de prazer, a
felicidade é apenas uma ilusão. Acredito que precisamos urgentemente resgatar algo muito
primitivo de dentro de nós. Uma certa liberdade e prazer que deixamos
lá atrás, nas mãos de nossos ancestrais. Algo natural e humano, até
mesmo um pouco selvagem, não domesticado, que está impresso em nossa
memória celular. Lentamente nossos sentimentos foram calados,
humilhados, silenciados, enfraquecidos, e pior, acreditamos em toda
história que nos contaram! Somos, na maioria, filhos de pais autoritários, frutos de uma
sociedade autoritária, onde a expressão de nossos sentimentos e de
nosso prazer foi brutalmente amordaçada. E enquanto nos sentirmos
prisioneiros desses padrões, não poderemos trilhar absolutamente o
caminho em direcção à plenitude de ser. Estamos todos atolados no medo. Receamos nos aventurar, criar,
gostar de alguém; temos medo de nossas próprias atitudes, especialmente
aquelas que brotam espontaneamente, da pulsação de nossos corpos. Temos
vergonha de amar, de cantar, assobiar, de rir sozinhos, de abraçar, beijar, de sentir prazer!
Nos tornamos áridos, secos, mordazes, inteligentes demais. Mas a
boa notícia é que o mesmo remédio que mata é o que cura; todos nós
trazemos em nossa psique a possibilidade de irrigação, fertilização e
auto cura. Perceba-se em seu dia a dia. Comece observando cada atitude
que o leve na direcção oposta à felicidade. Observe atentamente o
predador que traz dentro de você. Como se estivesse em um quarto escuro
com uma serpente, observe atentamente, sem descanso. Olhe-o de frente,
bem dentro de seus olhos. Mas cuidado, não subestime-o, pois ele é poderoso. Esse
predador nasceu de vozesmuito convincentes, na maioria das vezes
destrutivas, que tentaram fazer você acreditar que não é bom o
suficiente. Engane-o, finja obedecê-lo, tratá-lo com carinho, e crie
inteligentemente uma grande armadilha para aprisioná-lo, e tranque-o.
Guarde as chaves com você, nunca as dê para outra pessoa. Somente quando você tiver coragem suficiente para aprisionar
esse carcereiro, poderá seguir em direcção à tua liberdade, ao prazer, e
consequentemente à tua tão sonhada felicidade.
HELENA MARTINS DANIEL
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