A origem da família, da propriedade privada e do estado
(Friederich Engels)
Friederich Engels descreve nesta obra a formação da sociedade moderna calcada na propriedade privada, na produção, no comércio e no poder do Estado.
Para que inventariar a organogênese da família? No entender de Engels foi com a derrocada da família como subsistia nos moldes primitivos e enquanto célula mater de uma economia de subsistência, organizada em grupos de interesses comuns, vivendo numa propriedade comunal e regida por leis derivadas do poder materno ou do poder paterno em que laços de parentesco eram vitais para sua sobrevivência harmoniosa e segura, onde não havia produção de excedentes, tornando necessário o comércio e o conseqüente acúmulo de riquezas, foi com o declínio dessa estrutura familiar primitiva que a sociedade moderna foi se formando.
Assim, a origem da família tem importância neste livro com a família “comunista” primitiva, segundo Engels, não havia necessidade de agricultura em grande escala, de indústria que jogue produtos de todo tipo no mercado, uma vez que não havia compra e venda, não havia moeda e, por conseguinte, inexistente era também qualquer espécie de comércio.
Através dos séculos e dos milênios, a família foi mudando de caráter, suas regras de constituição foram-se alterando, surgiram novas modalidades de vida em sociedade que, acrescidas de uma série de outros fatores, desembocam na criação de outras necessidades para além do grupo familiar, dando origem a uma agricultura praticada de modo mais intenso, a uma nascente indústria, a um contato espontâneo ou forçado com outros povos, por meio da expansão do território e da guerra, e a um sistema de troca, de compra e venda, que viria a ser a atividade comercial.
Todo um novo sistema de troca reestrutura a família de modo completamente diverso do que eram suas origens e reestrutura do mesmo modo a posse do território, passando a dividi-lo em partes, dando origem a propriedade privada com todos os benefícios e males que dela decorrem.
O livro de Engels tem como fonte principal a obra do cientista americano e do historiador da sociedade primitiva Lewis Henry Morgan.
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