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Capitalismo negativo
(aluno-ULHT-estudos)

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Uma amiga brasileira fêz a seguinte pergunta- quais são os pontos negativos do capitalismo, e entre respostas de outros, aqui deixo a minha Michele B dá-lhe algumas boas referências sobre a sua pergunta, mas no entanto vou acrescentar algo mais: Desde o fim dos anos 80, assistimos em todo o mundo à agonia de marxismo, socialismo, movimento operário, movimentos de libertação nacional, e não só. Também o clássico Estado de Bem-Estar Social burguês está em dissolução, o paradigma keynesiano não passa agora duma nostalgia e os regimes do "desenvolvimento" no Terceiro Mundo desmoronam-se, até mesmo nas suas variantes pró-ocidentais. A antiga oposição entre reforma e revolução na esquerda torna-se supérflua, uma vez que já não existe um horizonte comum entre desenvolvimento e movimento social. Em toda parte as instituições que restam da antiga luta de interesses sociais elevam a bandeira branca da rendição. O conceito de "reforma social" transformou-se no seu exacto oposto e foi semânticamente ocupado pela contra-reforma neoliberal, que aos poucos vai liquidando todas as conquistas sociais, sistemas de segurança social e serviços públicos. O paradigma neoliberal já não é uma posição diferente, mas um consenso suprapartidário, que atinge grande parte da esquerda. E a resistência torna-se cada vez mais fraca, até mesmo grandes greves e incendiários movimentos de massas terminam sistematicamente em derrota e resignação.Aparentemente o capitalismo venceu em toda a linha. E isso não só como poder exterior repressivo, mas até no interior dos próprios sujeitos. A aparente "lei natural" do mercado e a universalidade negativa da concorrência são vividas como condições inultrapassáveis da existência humana, apesar dos seus efeitos devastadores, humilhantes e insuportáveis.Quanto mais claro fica que essa ordem social planetária resulta em autodestruição social e ecológica, mais obstinadamente os indivíduos se agarram às categorias e critérios dessa forma negativa de socialização que interiorizaram.Na mesma medida em que a racionalidade burguesa se dissolve na barbárie prevenida por Marx, o pensamento social recusa qualquer reflexão crítica, e invoca uma "civilização" capitalista, que só existiu como progresso positivo na apologética ideológica. O poder militar da polícia mundial capitalista não soluciona problema nenhum e apenas potencializa o caos destrutivo e a falta de perspectivas. O capitalismo só venceu na forma da sua própria crise, que no entanto se tornou a crise dos mesmos famosos "sujeitos actuantes", e por isso já não parece abrir nenhuma via de emancipação social. A nova qualidade da crise paralisa a crítica, em vez de a mobilizar...



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