Sob a Lua Cheia - Parte III
(Diego Coletti Oliva)
Um uivo assustador ecoa pela noite e o barulho de movimento nas árvores se repete, desta vez ainda mais próximo, o terror deixa Luana paralisada, até que ela vê algo saindo da mata...Igor! Seu namorado está vivo! Há sangue por todo seu corpo e ele manca da perna esquerda enquanto corre em sua direção, mas está vivo! Luana corre de encontro a ele para abraçá-lo e dizer que o ama, mas antes que possa fazer qualquer coisa ele a pega pelo braço e a puxa com força rumo ao velho casebre. --Vamos! Rápido! Está atrás de mim! Luana se lembra então do horror sangrento que presenciara há pouco e juntos os dois correm em busca de proteção. Agora ela consegue ver os ferimentos de Igor: cinco cortes profundos feito facadas nas costas de seu amado, sangrando intensamente, marcas das garras daquela besta. Lágrimas rolam novamente por sua face ao lembrar-se que seus amigos tiveram menor sorte contra a fúria insana daquele monstro. O casal de sobreviventes finalmente alcança a porta do casebre que estava entreaberta, eles encontram abrigo no momento em que a fera chega à clareira e sob a luz da lua cheia o monstro solta um uivo ainda mais assustador que o primeiro, fazendo gelar o sangue dos jovens. Através de uma fresta na porta Luana consegue ver finalmente o que os caçava tão implacavelmente naquela noite sangrenta... apoiado sobre as duas pernas traseiras, com longos braços e garras banhadas no sangue de seus amigos, assim como sua poderosa mandíbula canina, o corpo coberto por uma pelagem negra espessa, os olhos amarelos emanando uma aura de terror e maldade que chegava a doer no coração de Luana, lá estava o seu predador...um lobisomem. Dentro do casebre um cheiro fétido de podridão enche as narinas de Igor e Luana, um líquido viscoso de um vermelho escuro cobre o chão do lugar e ao olharem para o interior do lugar a macabra decoração enche seus corações de terror e desespero. Luana grita apavorada e sem conter a ânsia vomita com aquela bizarra visão, enquanto Igor se arrepende amargamente de ter entrado ali... FIM DA PARTE III
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