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O Seminarista
(Bernardo Guimarães)

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Título do Livro: O Seminarista.
Autores: Bernardo de Guimarães.

Bernardo Guimarães estudou Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1847, onde conheceu no meio acadêmico diversos autores. Fundou a Sociedade Epicuréia com seus amigos acadêmicos Álvares de Azevedo (1831-1852) e Aureliano Lessa (1828-1861). Assim introduzido no Brasil o bestialógico (ou pantagruélico), eram poemas metrificados com versos sem sentido algum. Apesar de ter feito poesias – taxadas por alguns como pornográficas. Escreveu: Cantos da Solidão (1852), Inspirações da Tarde (1858) , O Ermitão de Muquém (1858), A Voz do Pajé (drama – 1860), Poesias Diversas (1865), Evocações (1865), Poesias (1865), Lendas e Romances (contos – 1871), O Garimpeiro (romance – 1872), História e Tradições da Província de Minas Gerais (crônicas e novelas – 1872), O Seminarista (romance – 1872), O Índio Afonso (romance – 1872), A Escrava Isaura (romance – 1875), Novas Poesias (1876), Maurício ou Os Paulistas em São João del-Rei (romance – 1877), A Ilha Maldita ou A Filha das Ondas (romance – 1879), O Pão de Ouro (conto – 1879), Folhas de Outono (poesias – 1883), Rosaura A Enjeitada (romance – 1883), O Bandido do Rio das Mortes (romance terminado em 1905 por Teresa Guimarães, mulher do autor).
Destacou-se na prosa com O Seminarista (romance – 1872) , com dimensão melodramática , faz críticas ao Patriarcalismo do interior de Minas Gerais, a narrativa conta a história de um rapaz que é obrigado pelo pai torná-se padre.
“Eugênio era filho do capitão Francisco Antunes, fazendeiro de medianas posses. Trabalhador, bom e extremoso pai de família... sincero em seus negócios, partidista firme, e cidadão sempre pronto para os ônus públicos, nada lhe faltava para gozar da maior consideração e respeito entre os seus conterrâneos... tinha terras de sobejo para a pouca escravatura que possuía, e portanto dava morada em sua fazenda a diversos agregados, sem lhes exigir contribuição alguma, nem em serviço nem em dinheiro. Entre esses agregados ... D. Umbelina, que, com sua filha Margarida e uma velha escrava, ocupava a casinha que descrevemos no capítulo antecedente. [...] à beira da estrada, vendendo aguardente e quitandas aos viandantes, cultivando seu quintal, pensando suas vaquinhas, e da venda de frutas, hortaliças e leite sabia com sua diligência e economia tirar um sofrível rendimento.”
Esse é o drama do rapaz, Eugênio, que em sua infância nutre uma amizade com a menina Margarida, que com o passar do tempo se transforma numa grande paixão.
“Era uma bela tarde de janeiro. Dois meninos brincavam à sombra das paineiras: um rapazinho de doze a treze anos e uma menina, que parecia ser pouco mais nova do que ele. A menina era morena; de olhos grandes, negros e cheios de vivacidade, de corpo esbelto e flexível como o pendão da imbaúba. O rapaz era alvo, de cabelos castanhos, de olhar meigo e plácido e em sua fisionomia como em todo o seu ser transluziam indícios de uma índole pacata, doce e branda”.
Seu pai ao descobrir, indiferente aos seus sentimentos acaba com esse amor conduzindo-o para a vida religiosa (a carreira eclesiática). A duvida se instaura em sua cabeça, amar ou ser padre, termina seguindo obrigado para o mosteiro. Seu sofrimento é intenso, suas dúvidas eternas em sua mente tão frágil. Tenta esquecê-la se apegando ainada mais a religiosidade.
“Então, a turba dos seminaristas com suas batinas e barretes negros, divididos em quatro turmas segundo as idades - grandes, médios, submédios e meninos - despenhava-se fora das portas como uma nuvem de melros pretos a quem se abriu a entrada do viveiro, e se derramava pelo pátio, pelo quintal, pelo adro da capela e pelas colinas vizinhas, uns tagarelando”.
Termina por ser ordenado sacerdote da Igreja Católica. Concluído os estudos religiosos é hora de praticá-los e volta a sua cidade natal no sertão mineiro. Ao chegar encontra sua paixão à beira da morte. Terá que celebrar uma missa, mas a notícia vem antes – dá extrema unção a uma moribunda , Ao chegar lá descobre que é Margarida, ela está muito e conta que fora expulsa da fazenda – nunca tinha se casado - pelo seu pai, não pode procurá-lo mais, sua mãe agora era falecida, aquela narração colocou de novo as dúvidas do passado em sua cabeça, lembranças, uma enchurrada delas. A extrema unção. Não tem forças para fazê-lo, sua missão como sacerdote o força. Ele ao tocá-la, vai ao encontro da paixão que ganha forma de novo e eles não resistem aos impulsos e fazem amor pela primeira e última vez. Logo após, feliz por ter seu amor de novo, ele volta para se preparar para a missa – era sua primeira missa, mas recebe a terrível notícia que ela, seu eterno amor, veio a falecer. Perde o controle pois cabeça está envolta em dúvidas, entre ter quebrado seu voto de castidade e ter perdido sua amada e ainda ter que celebrar uma missa. Instantes antes de começar a missa, chamam-no de novo para encomendar a alma de um defunto, o defunto era a sua amada, Margarida. Aquilo era muito para aquele rapaz tão sofrido e ele enlouquece antes da missa devido ao dilema em sua frágil mente: a morte de sua amada e ter quebrado seu voto de castidade junto a Igreja Católica.
Referência Bibliográfica:
GUIMARÃES, Bernardo. O Seminarista – Serie Bom Livro. 4ª Edição. Editora Ática.1976.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Guimar%C3%A3es; http://www.biblio.com.br/conteudo/BernardoGuimaraes/moseminarista.htm



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