www.brockerhoff.net/bb/viewtopic.php?t=10
()
Artigo Mundo de Pontas O artigo “Mundo de Pontas: o que é a Internet e como não confundi-la com outra coisa”, dos autores Dorc Searls e David Weinberg, tem o mérito de reunir, numa mesma obra, um conjunto de idéias sobre a natureza dinâmica da Internet com uma critica fundamentada sobre a tentativa de monopolizá-la. A Internet cresce por si só, de modo que a “força” humana, na opinião dos autores do texto, não é capaz e, a meu ver, também não é legítima para controlar discricionariamente essa “sede” de superação. A Internet, com o seu indescritível desenvolvimento, fez surgir mais um Mundo, diferente deste que nós já conhecemos. Um Mundo cujo formato é de uma Estrela, que oportuniza igualitariamente todas as pessoas (sem preconceitos raciais, sociais, econômicos e religiosos). Ninguém deixa de entrar em um site porque é negro, branco, homem, mulher, rico, pobre, mora em tal bairro, estuda em determinada escola, é adepto de tal religião etc. “Sejam todos bem-vindos”-é essa a idéia transmitida. Em cada ponta dessa Estrela encontramos inúmeros seres humanos, e cada um deles terá um objetivo particular que o levará a usar a Internet, objetivo este que ele mesmo estabeleceu, não sofrendo nenhuma forma de imposição (desconheço, portanto, um Mundo mais livre do que este). Um Universo de idéias estimulantes, que nos enseja a criar cada vez mais e que consegue recepcionar, com tranqüilidade, coisa que o mercado não virtual não está apto, inovações das mais diversas áreas e das mais variadas pessoas. Segundo Dorc Searls e David Weinberg, existem três pressupostos básicos e indispensáveis para a compreensão da natureza da Internet: 1) ninguém é dono; 2) todos podem utilizá-la; 3) qualquer um pode melhorá-la. Observa-se que a mesma rompe com costumes tradicionais de uma Sociedade “educada” com conceitos de propriedade, exclusividade e distribuição de competências. Diferentemente, e mais ampla do que os demais meios de comunicação, a Internet não é objeto de propriedade de quem quer que seja. Vale dizer: não há quem determine o seu funcionamento somente com o provedor “x”, não há quem decida o rol de pessoas que a utilizarão e, muito menos, não há delegação de competências, de modo a impor o que cabe a cada usuário. É, hoje, a tecnologia mais indomável e revolucionária que conhecemos. Indomável porque são inúteis as tentativas de dominar um “bem” que já é público por natureza, podendo até mesmo ser comparado aos recursos naturais. Revolucionária porque rompe com antigos paradigmas da Sociedade, introduzindo em um Sistema Monopolista a idéia mais ampla de liberdade. Sem esquecer também a praticidade que a mesma nos proporciona, de forma que lemos o que achamos interessantes e ouvimos o que queremos. Qualquer meio externo de intromissão poderá ser frustrada com um simples “clique”, através do mouse. É nossa vontade se manifestando da forma mais espontânea possível. Para ambos os autores acima mencionados, a expansão da Internet é um fato concreto, real. Lutar contra sua natureza é despender desnecessariamente de uma energia que poderia ser gasta de modo muito mais inteligente. Agradando ou não, ela faz parte de nossa realidade e ao integrá-la em nosso cotidiano “não teremos nada a perder, apenas a nossa burrice”.
Resumos Relacionados
- Www.shvoong.com
- O Estado De Sao Paolo
- O Estado De Sao Paolo
- O Estado De Sao Paolo
- Internet E Inclusão Social
|
|