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O Grande Arcano
(Paloma Sánchez-Garnica)

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O fim-de-semana perfeito para mim é não ter nada para fazer e um livro novinho em folha para ler. Desta vez o eleito foi O Grande Arcano, um livro é surpreendente e fabuloso, prende o leitor da primeira à ultima página, para mim tem um único senão, continua a saga do Código Da Vinci, mas se calhar talvez não, porque quem leu o Código da Vinci acaba por encontrar num outro escritor, o que ficou por dizer.

Faz com que o leitor se questione sobre os dogmas do Cristianismo e um montão de ideias pré concebidas e sem fundamento possível. Eu sou católica, fui educada num colégio católico, não me posso esquecer de que fui castigada por ter perguntado ao padre do colégio como é que a Virgem Maria continuou virgem depois de ter tido o filho, a resposta foi ficar sem falar com ninguém durante dois dias, fui tratada como se tivesse dito uma heresia, tinha 14 anos. Teria sido mais simples se o padre me tivesse dito que também não sabia, não tinha pensado mais no assunto e se calhar não contestaria todos os pecados que me foram incutidos na infância até porque não matarás é uma coisa óbvia, não cobiçarás a mulher do próximo também é obvio, como todos os pecados mortais e todas as leis de Deus, é uma questão de principio em todas as religiões tanto monoteístas como politeístas, aliás para mim isso não é sequer uma questão religiosa é uma questão de princípios morais, há muito ateu que cumpre e respeita mais os ensinamentos de Jesus Cristo do que a própria igreja que o próprio terá criado, e eu pergunto principalmente: Onde está a caridade, quem é que ama o próximo como a si mesmo, não são os que batem no peito todos os domingos na missa! Não são os pregam a palavra de Deus, são mais os que se dizem ateus e agnósticos.

Mas isto não resume de modo algum este livro, isto é que me surge depois de o ter lido, uma das mensagens que o mesmo me transmitiu. O Grande Arcano é a saga de Carlos e Laura assistentes de um professor catedrático de História Medieval que desaparece de uma forma misteriosa, depois de deixar aos seus assistentes pistas ainda mais misteriosas. Carlos e Laura partem para uma aventura impensável na tentativa tanto de encontrar o Professor Armando Dorado como uns bifólios que eram objecto de procura do professor e dos seus assistentes desde 10 anos atrás.

Nessa busca que os leva à Jordânia passando pelo sul de França, Paris o Vaticano, passam também por Toledo onde arranjam um aliado de força, Rachid, um professor universitário de origem judaica, que tinha também em seu poder documentos que ajudariam a interpretar esses mesmos bifólios. Acabam por descobrir que todos tinham algo em comum, que não estavam juntos por um mero acaso, todos estavam sozinhos, todos tinham perdido de forma drástica (acidente de automóvel) os seus entes mais queridos, Carlos e Laura os pais, Rachid a esposa. Descobrem que afinal esses acidentes não o foram, foi algo de premeditado por uma sociedade secreta "Asmodeu" que tudo faz para os impedir de cumprir o objectivo a que se dedicaram e que também os quer aniquilar. Afinal tanto os pais de Carlos e de Laura como a mulher de Rachid pertenciam por sua vez a uma sociedade também ela secreta, descendente dos Templários que tinha por objectivo proteger os bifólios que teriam a localização do sepulcro de Jesus Cristo, que falavam da sua mulher Maria Madalena e dos seus descendentes, geração essa que teria chegado também ao sec. 21. Duas correntes com o mesmo objectivo mas com interesses diferentes, uma salvaguardar as correntes mais ortodoxas da Igreja, de modo a que nada pudesse ser alterado na sua estrutura e a outra descendente dos Templários que quer descobrir a sepultura de Jesus, e demonstrar ao mundo que Jesus era um homem bom, mas mortal, que pregou a tolerância, o amor, a justiça, não a opulência da Igreja, a petulância, os dogmas sofismáveis.
Laura, Carlos e Rachid ajudados por Guillano acabam por conseguir encontrar o impossível, conseguem uma licença para explorar o local onde encontraram o túmulo de Jesus, em Petra, sem no entanto dar a conhecer ao mundo a sua descoberta.

Ficam no ar muitas perguntas, será que Jesus teria sido “o Filho do Homem “ como o próprio disse, que teria nascido e morrido acreditando que era possível um mundo melhor, ou um Deus que ressuscitou e que está algures, atento ao que se passa e pronto para nos julgar. Se é verdade que há na Galileia um tumulo onde estará Jesus e a sua descendência, de acordo com o que um grupo de arqueólogos descobriu, que fundamento terá esta Igreja, com que direito se pode achar acima do comum dos mortais, com que direito se permitiu e se permite julgar e condenar em nome de Deus.

Leiam e pensem, comentem, talvez seja um começo para mudar o mundo sem no entanto por em causa o nome de Jesus, nem os seus ensinamentos, eu continuo a acreditar nele, e o facto de ser ou não um homem comum, não altera em nada as minhas crenças, antes pelo contrário, reforça-as, só quem viveu o que vive o comum dos mortais poderia ter pregado o que ele pregou. Amor, paz, justiça, tolerância.



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