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O Nitrito de amila e a Angina
(Milton Silverman / Trad. Monteiro Lobato)

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O Nitrito de Amila e a Angina Estamos em certa manhã de inverno de 1866. Na enfermaria real de Edimburgo. Junto a um leito dois médicos e uma enfermeira observam um doente. O paciente estava suando horrivelmente apavorado. O jovem doutor Brunton falou: - Todas as noites, há três semanas, tem tido o ataque. E sempre entre duas e quatro da madrugada. Prolonga-se por uma hora ou mais. - Sei, disso, respondeu o velho doutor Bennett. Já tenho visto angina, mas nenhuma tão forte como esta. - Foi por isso que provoquei esta nova experiência, continuou Brunton. Já experimentamos tudo que era aconselhável, digitalis, acônito, lobelia, aguardente, clorofórmio. E nada fez bem. -E de onde lhe veio esta idéia? Perguntou o Dr Bennett. - Não tenho certeza de nada, senhor, mas palpita-me que a angina pectoris tem algo que ver com a pressão cardíaca, isto é, com súbitos ataques de alta pressão. Só isso pode explicar por que este senhor MacCollum sentou alívio quando o sangramos em pleno ataque. Que poderia fazer a sangria se não aliviar a pressão do sangue? - E acha que a sua droga opera efeito igual ao da sangria? Acha que diminui a pressão? Brunton estava inquieto. - Não sei, senhor. Ainda não fiz experiência em humano, só em um cachorro, mas neste com resultado ótimo. O rosto do doente começava a mostrar pânico. De molhado em suor e vermelho que estava, passou a seco e lívido. - Oh, meu Deus! Murmurava o paciente. Vem vindo, anunciou aos médicos, E desta vez me mata. Sei que me mata. Não posso agüentar, concluiu... O Dr Bennett levou a mão ao ombro do doente e disse: - Sossegue, MacCollum. Não vai acontecer nada. E virando-se para o jovem Brunton afirmou:- A dor vem vindo. Veja... O doente fez uma careta de agonia como se unhas de ferro lhe estivessem fatiando o coração. Bennett enxugou a testa e chamou: - Brunton! Mr. Mac Collum é seu paciente. Faça o que disse e depressa. Brunton sacou do bolso um vidrinho com um líquido amarelo pálido. “enfermeira passe-me esse pano”. Num pedaço de gaze Brunton pingou dez gotas do líquido, cheirou rapidamente e pos nas narinas de MacCollum, dizendo: - Respire, Mr MacCollum! Aspire profundamente. O doente, com aquilo diante do nariz, não tinha outra coisa a fazer senão obedecer, e inalou uma, duas, três vezes. Os dois médicos estavam de respiração suspensa e foi assim que viram o rosto do doente passar do lívido ao corado e seus músculos tão tensos se relaxarem; os sinais da dor lhe desapareceram. Por fim MacCollum afastou a gaze do nariz e sorriu levemente: _ Obrigado, doutor. A dor foi embora. O senhor a fez parar. Bennett murmurava consigo mesmo: _ Parou sim.Parou em segundos! Prodígio Brunton meu rapaz, como se chama isso que usou? -Nitrito de amila. Depois deste dia é que se descobriu o remédio para a angina pectoris. O nitrito tinha o miraculoso poder de relaxar as artérias vitais que nutrem o coração e permitir que o sangue circulasse. A medicação não curava a angina, mas suprimia a dor e até evitava.



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