Onze Minutos
(Paulo Coelho)
Maria
nasceu numa família pobre do interior do Brasil. Jovem de
beleza encantadora parecia ter um futuro traçado pela cultura
de sua terra. O seu namorado era um homem bom, apaixonado por ela e
cheio de boas intenções. Os sonhos de Maria
extrapolavam os muros daquela cidade e extrapolavam o casamento com
um bom partido. Maria ansiava em encontrar o seu príncipe
encantado e ansiava conhecer aquele outro mundo mostrado em seus
livros de escola. Quando recebeu a proposta de ser “dançarina
do samba” na Suiça, aceitou deslumbrada e nem preocupou-se
com o fato de não saber dançar. Ao descobrir que o
trabalho era a prostituição, entregou-se ao ofício
sem culpa. Decidiu que ficaria nesse país o tempo suficiente
de juntar dinheiro para comprar uma fazenda para seus pais e dar a
sua família uma vida confortável.Um
encontro casual em um café com um renomado pintor imprimiu um
novo capítulo a sua vida. Nesse mesmo intervalo recebeu um
cliente que lhe apresentou a prática do sadomasoquismo e com
essa experiência descobriu o prazer que deixava cicatrizes em
seu corpo. E então é justamente o pintor que já
havia navegado por esses mares e que hoje livre, conseguiu mostrar
para Maria o perigo de tal escolha. Os dois se apaixonam loucamente
um pelo o outro. Pela primeira vez Maria viveu o prazer sexual com o
homem que amava. Maria encontrou o seu príncipe encantado! As
palavras do seu diário ao invés de uma projeção
ou de algo que um dia poderia ter acontecido, falam de um sonho
vivido e realizado.
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