Império Bizantino - Dinastia Heracliana
(Wilson Antonio Drachler)
Dinastia Heracliana (610-717) Com a revolução de 602, promovida pelo exército do Danúbio, Maurício, o último Imperador da Dinastia Justiniana foi morto, assumindo o trono um tal de Focas que, alem de não fazer nada de importante ao Império, permitiu a Anarquia generalizada só encerrada quando Heráclio, o exarca de Cartago, organizou a revolução que depôs Focas e promoveu Heráclio, O Jovem, como novo Imperador. Essa nova dinastia comandou o Império por todo o século VII, período que para determinados autores é tido como o mais sombrio de todos, e para outros marca o verdadeiro inicio histórico do Império Bizantino. Situação Externa: O lado oriental do Império estava sendo atacado brutalmente pelos Persas que inicialmente, ameaçaram até mesmo a permanência de Bizâncio como Império. Com um grande empreendimento, apoiado pela igreja, Heráclio contra-ataca e vence os Persas que, pouco tempo depois, são definitivamente dominados pelos Árabes que, por sua vez, também atacam e conquistam vários territórios do Império, incluindo Síria e Egito. Nesse período ainda surge a Bulgária semi-independente e os eslavos avançam e se fixam na Grécia. Situação Interna: Para tentar conter as invasões, uma nova forma de administrar os territórios surgiu e foi denominada TEMA (poder civil e militar com único líder). O fato da perda da Síria e Egito para os Árabes, representou muito mais do que a perda de simples territórios. O Império perdera aí a sua melhor parte, seja pela produção de alimentos ou pela “intelectualidade” (letras, artes e teologia) só “lucrando” a ortodoxia, pois o inimigo monofisismo só tinha maioria justamente nessas duas províncias. Por essas e outras, o Império desequilibrara-se bruscamente, passando pela sua pior fase antes da queda definitiva perante os Turcos. Novos inimigos surgem, os sarracenos, que tomam a Espanha e ameaçam a Gália. Durante a Dinastia Heracliana o grego foi definitivamente adotado como língua oficial do Império, em detrimento do latim. Imperadores Heráclio (610-641) Constantino III e Heracleonas (641-641 filhos de Heráclio) Constante II (641-668 filho de Constantino III) Constantino IV (668-685 filho de Constante II ) Justiniano II (685-695 705-711 filho de Constantino IV) Leoncio (695-698 golpista) Tibério III (698-705 golpista) Justiniano II (705-711 volta ao poder, após ter sido deposto pelos golpistas) Teodósio III (711-717 ? ? ? )
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