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Gustav Klimt (Bumgarten, 14 de Julho de 1862 – 6 de Fevereiro de 1918) foi um decorador e pintor austríaco, famoso através dos seus quadros sensuais de mulheres pintadas sobre fundos brilhantes e cobertos de jóias e pelos seus mosaicos e murais.
Em 1871 foi estudar desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao Simbolismo, foi um dos criadores da Secessão Vienense – o equivalente austríaco do ART NOUVEAU (recusava a tradição académica nas artes).
A sua obra atravessa diferentes fases: a primeira, é assinalada por um carácter histórico-realista, também relacionada com dualidade de Viena (realidade e ilusão). Desta época datam os desenhos para as alegorias “A escultura” e “A Tragédia” (1986 e 1987).
A segunda fase está marcada pelo Simbolismo secessionista. A primeira exposição do grupo secessionista foi em Março de 1898. São marcantes as obras: “Nudas Veritas”, 1899; “Judith I” e “Judith II” (1901 e 1909) e “Peixes Dourados”, 1901/02. A associação da morte e da sexualidade conquistavam então toda a Europa.
A sua última grande pintura mural é o Friso Stoclet (1905 a 1909). Adolphe Stoclet, um magnata belga a viver em Viena com a mulher, mandou construir um palácio, confiando-o a cargo da equipa Wiener Werkstatte, de que se distinguiam o arquitecto Josef Hoffmann e Klimt. É aqui que o pintor experimenta uma mudança de estilo, surgem os motivos geométricos repetidos, deixando aparecer apenas algumas partes essenciais realistas, que permitem o seu entendimento. Aqui é usada uma cobertura ao estilo bizantino, bastante cerrada, como mosaicos, onde o realismo e a abstracção se confrontam. O seu quadro mais notável é “O Beijo”(1908), que apresenta um par a beijar-se entre uma miríade de cores e ouro, baseado em si mesmo e na sua amante Emilie, a mulher fatal aparece submissa, comunica uma sexualidade latente. Em “Dánae” (1907/08) a sua provocação afirma-se de modo mais óbvio, junto à figura da mulher ruiva adormecida surge aquilo que muitos interpretam como uma torrente de moedas de ouro e espermatozóides.
Na primeira década do século XX o Expressionismo faz com que o estilo dourado de Klimt deixe de ser aplicado. Em 1909 Klimt parte para Paris onde tomou contacto com obras de Toulouse-Lautrec e com o Fauvismo.
A partir daí klimt passa a usar cenários menos elaborados, deixando de lado os motivos geométricos e a sumptuosidade do ouro. Nesta fase pinta o “Chapéu de Plumas Negras” (1910); “A Virgem” (1913) que é um Klimt clássico: uma cena erótica e voluptuosa em cores ricas como jóias (esta sua obra influenciou Egon Schiele e Oskar Kokoschka); “A Vida e a Morte” (1916), surgem também pinturas de jardins. Paisagens campestres, e do Castelo Kammer, que espelham as influencias do Cubismo que surgia então. Há a inserção de elementos naturais (a água, a vegetação), como também de construções. Nas suas últimas paisagens renuncia a policromia e as suas obras surgem em cores apagadas.
As últimas obras de Klimt voltam-se para um lado mais erótico, claramente assumido. Disso são exemplo os desenhos das suas modelos em poses e atitudes mais intimas: “Mulher sentada com as coxas abertas” (1916/17), “Adão e Eva” (1917/18), “ A Noiva” (1917/18).
Klimt morreu em 6 de Fevereiro de 1918 de apoplexia.
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