Aracnofobia: novo tratamento
(Rev. Pesquisa FAPESP)
Aracnofobia: novo tratamento
Diversas fotografias que possuem características de aranha – tão sutis que passam despercebidas (tais como a foto de um “pé de babosa” e outras imagens que lembram aranhas) – fazem parte de um tratamento que pesquisadores da USP testaram contra aracnofobia, o medo de aranhas. Treze voluntários do grupo experimental e doze do grupo placebo receberam um CD com imagens que deveriam olhar duas vezes ao dia – no caso do grupo placebo eram imagens neutras, que não lembravam aranhas.
A terapia desenvolvida pelo grupo ativa uma das áreas do cérebro ligada às reações de medo, o tálamo, mas não a outra, a amígdala. Para provocar medo é necessário que ambas entrem em ação. Como no tratamento isto não ocorre, aos poucos a conexão entre as duas regiões se tornam menos intensas e a fobia também.
Com quatro semanas de terapia, 42% dos pacientes foram considerados curados. Passado seis meses de sua conclusão o sucesso foi maior: 92% dos que temiam esses seres de longas pernas já não tinham problemas em enfrentá-los. O efeito retardado se explica: é preciso encontrar uma aranha em situação cotidiana para se perceber que a fobia já não existe.
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