BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Evangelho de Mateus
(Mateus)

Publicidade
O Evangelho de Mateus é o primeiro dos quatro evangelhos das Escrituras Gregas Cristãs, com 28 capítulos. Os evangelhos são impressos com São Mateus em primeiro lugar porque, segundo Santo Agostinho, era esse o mais antigo (entre 50 a 75). A maioria dos estudiosos aceita a tese que defende que o Evangelho de Marcos é o mais antigo dos Evangelhos Canônicos. Mas o evangelho de Mateus foi o primeiro dos evangelhos a ser lido publicamente nas comunidades cristãs (o que era sinal de sua aceitação como "literatura sagrada" entre os primeiros cristãos). É neste evangelho que temos o Sermão do Monte, muito destacado nos ensinamentos cristãos. Data da composição. A grande controvérsia para a determinação da data deste evangelho é saber se ele foi escrito antes ou depois da destruição de Jerusalém (70 d.C.). A Epístola aos Erminianos (110 d.C.), de Inácio de Antioquia, é apontada como a mais antiga referência ao evangelho de Mateus, portanto, a data de composição deste livro dificilmente pode ser posterior ao ano 100 d.C. Alguns estudiosos têm datado este evangelho em 50 d.C. É certo que o escritor deste evangelho utilizou o Evangelho de Marcos como referência histórica. Supondo-se que Marcos tenha escrito seu evangelho com a ajuda de Pedro, em Roma, uma data apropriada para Mateus poderia ser estimada entre os anos 67 a 70 d.C. Os discursos no Monte das Oliveiras (24 e 25) e o tom judeu deste evangelho são algumas evidências para uma data anterior ao ano 70 d.C. Uma data mais provável para este livro é entre 58-68 d.C. Embora vários estudiosos concordem com a data acima, outros preferem datar este evangelho entre o ano 80 a 100 d.C. Local da composição. A maioria dos estudiosos concorda que este evangelho foi escrito em Antioquia da Síria. Champlin informa que a preferência de Inácio, bispo Antioquia, por este evangelho, é uma das evidências para se crer que ele teria sido escrito nesta cidade. Outra evidência, esta interna ao texto, revela que apenas em Antioquia e em Damasco o estáter equivalia a duas dracmas (cf. Mateus 17:24-27). Uma minoria de estudiosos aponta outros lugares, como a própria Palestina ou outras cidades sírias, como Edessa e Apamea. Destinatários e propósito. Mateus escreveu seu evangelho primariamente para judeus. Seu propósito é afirmar e defender, perante os judeus recém-convertidos, que Jesus é o Messias prometido do Antigo Testamento: “para se cumprir o que fora dito pelo profeta...” (Mateus 1:22 ... 27:9). Neste trabalho de defesa, Mateus estabelece uma série de relações entre Jesus e o Antigo Testamento, principalmente ao apresentar Jesus como Messias. É certo afirmar que Jesus não introduziu nova lei, pois ele veio cumpri-las (Mt 5 a 7). Linguagem. Como era publicano, Mateus sabia escrever. Como era judeu, escreveu em aramaico. Mais tarde, possivelmente em Antioquia da Síria, Mateus apóia-se no evangelho de Marcos e em mais as suas anotações em aramaico, elaborando, em grego, a sua narrativa a respeito de Jesus. Seu evangelho está repleto de características judaicas: As várias ocasiões onde ele afirma que Jesus cumpriu a Lei e as profecias messiânicas do Antigo Testamento, “para se cumprir o que fora dito pelo profeta...”; Há uma genealogia, algo de interesse dos judeus; A genealogia de Jesus recua até Abraão, pai da nação judaica, por intermédio de Davi; As várias designações judaicas de Deus como “Pai que está nos céus”; A substituição do nome de Deus por expressões como “céus”, “reino dos céus” etc. Um interesse tipicamente judaico pela escatologia; Referências freqüentes de Jesus como “Filho de Davi”; Alusões a costumes judaicos sem quaisquer explicações, isto é, Mateus não se preocupa em explicar tais costumes (23:5,27; 15:2); O registro do pagamento do imposto do Templo por parte de Jesus (17:24-27) Declarações de Jesus revestidas de tempero judaico (15:24; 10:5,6; 5:17-24; 6:16-18; 23:2,3) Mateus parece ter narrado a história da natividade com o objetivo de rebater as acusações de judeus no sentido de que Jesus não era filho legítimo (1 e 2) Mateus combate a acusação judaica a respeito do furto do corpo de Jesus (28:11-15) Mateus era bem informado a respeito de assuntos financeiros. Dentre os evangelistas ele é o que mais vezes fala em dinheiro (12 vezes). Ele também distinguiu mais variedades monetárias do que os demais evangelhos e usou mais vezes termos financeiros (Mateus 38 vezes; Lucas 22 vezes; Marcos 8 vezes; João 2 vezes). O Dr. B. P. Bittencourt, expõe um significativo quadro sobre a linguagem “rabínica contemporânea” utilizada por Mateus em seu evangelho: · Grupos de 3 - Três divisões na genealogia de Jesus (1:1-7); - Três tentações (4:1-11); - Três determinações (7:7); - Três milagres de cura (8:1-15); - Três milagres de poder (8:23 – 9:8); - Três parábolas de semeadura (13:1-32); - Três orações no Getsêmani (26:39-44); - Três negações de Pedro (26:69:75); - Três perguntas de Pilatos (27:11-17); · Grupos de 7 - Sete cláusulas da oração dominical (6:9-13); - Sete demônios (12:45); - Sete parábolas (13); - Sete pães (15:34); - Sete irmãos (22:25); Manuscritos antigos. Os principais manuscritos gregos trazem sempre os quatro evangelhos presentes. Os manuscritos que trazem apenas os evangelhos são mais numerosos que os que contêm outras partes do Novo Testamento, portanto, temos mais de 1.400 manuscritos gregos dos evangelhos, o que torna o livro de Mateus um dos mais bem documentados da Antigüidade.



Resumos Relacionados


- Evangelho Segundo Mateus

- Bíblia - Evangelho De São Mateus

- Bíblia - Evangelho De São Mateus

- Evangelho De Marcos

- Quem Matou Jesus/ (2ª Parte)



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia