descarte de pilhas e baterias - parte 5
(Portal Ambiente Brasil; CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente))
14 - EFEITOS PREJUDICIAIS À SAÚDE 14.1 - Efeitos do cádmio Os efeitos prejudiciais à saúde associados à exposição ao cádmio começaram a ser divulgados na década de 40, mas a pesquisa sobre seus efeitos aumentou bastante na década de 60 com a identificação do cádmio como o principal responsável pela doença itai-itai. Essa doença atingiu mulheres japonesas que tinham sua dieta contaminada por cádmio. A meia-vida do cádmio em seres humanos é de 20-30 anos, ele se acumula principalmente nos rins, no fígado e nos ossos, podendo levar a disfunções renais e Causa queimaduras severas para todo o tecido do corpo. Pode ser fatal se ingerido ou inalado. O vapor irrita os olhos e área respiratória pode causar danos no pulmão e dente. Pode afetar sistema respiratório, rins, próstata e sangue. Perigo de câncer. A inalação de vapores pode causar tosse e falta de ar, inflamação do nariz, garganta, área respiratória, e em casos severos, edema pulmonar, fracasso circulatório, e morte. Por ser corrosivo a sua ingestão, provocando dor imediata e queimaduras na boca, garganta, esôfago e área gastrintestinal. E vir a causar náusea e vômito e diarréia e, em casos severos, morte. Em contato com a pele pode causar vermelhidão, dor e queimaduras severas na pele. Soluções concentradas causam úlceras profundas e manchas. A exposição por longos períodos de vapores concentrados de cádmio pode causar erosão nos dentes e danos de pulmão. Exposição crônica para cádmio, até mesmo a concentrações relativamente baixas, pode resultar em dano permanente do rim e pulmão, pode danificar o fígado, pode causar anemia, perda de olfato e risco de aumento de câncer do pulmão e da próstata. Pessoas com desordens de pele pré-existentes, olho ou doenças de cardiopulmonares podem ser mais suscetíveis aos efeitos desta substância. 14.2 - Efeitos do Mercúrio O mercúrio é facilmente absorvido pelas vias respiratórias quando está sob a forma de vapor ou em poeira em suspensão e também é absorvido pela pele. A ingestão ocasional do mercúrio metálico na forma líquida não é considerada grave, porém quando inalado sob a forma de vapores aquecidos é muito perigoso. A exposição ao mercúrio pode ocorrer ao se respirar ar contaminado, por ingestão de água e comida contaminada e durante tratamentos dentários. Em altos teores, o mercúrio pode prejudicar o cérebro, o fígado, o desenvolvimento de fetos, e causar vários distúrbios neuropsiquiátricos. O sistema nervoso humano é também muito sensível a todas as formas de mercúrio. Respirar vapores desse metal ou ingeri-lo são muito prejudiciais porque atingem diretamente o cérebro, podendo causar irritabilidade, timidez, tremores, distorções da visão e da audição, e problemas de memória. Pode haver também problemas nos pulmões, náuseas, vômitos, diarréia, elevação da pressão arterial e irritação nos olhos, pneumonia, dores no peito, dispnéia e tosse, gengivite e salivação. A absorção pode se dar também lentamente pela pele. 14.3 – Efeitos do Chumbo Há uma longa história sobre a intoxicação pelo chumbo nos alimentos e bebidas. No Império Romano era comum devido ao fato de serem os canos feitos de chumbo, assim como os vasos onde se guardavam os vinhos e alimentos. Atualmente, a intoxicação aguda pelo chumbo em países desenvolvidos tem sido controlada devido à melhoria das condições de trabalho. Entretanto, tem-se questionado os males causados pela exposição a doses baixas de chumbo durante um longo período, especialmente em crianças. Em 1943, um estudo nos EUA, com crianças expostas, levou a resultados comprovadores de alterações neuropsicológicas na exposição crônica a doses leves e após exposição aguda a doses altas. A exposição ambiental ao chumbo aumentou bastante após o processo de industrialização e o aumento da mineração. É uma exposição maior que de outros elementos da natureza. Globalmente, calcula-se que cerca de 300 milhões de toneladas de chumbo já foram expostas no meio ambiente durante os últimos cinco milênios, especialmente nos últimos 500 anos. Após o advento do automobilismo no início do século XX, aumentou-se bastante a exposição de chumbo devido ao seu uso junto com o petróleo. E a partir de 2º Guerra Mundial (1939-1945) devido ao avanço dos meios de Telecomunicações.O consumo de chumbo aumentou significativamente nos países em desenvolvimento entre 1979 e 1990 principalmente, com a disseminação do uso de telefonia móvel celular. Atualmente, a contaminação de chumbo nas águas, solo e ar continuam significativos. Calcula-se que a concentração de chumbo no sangue era até 500 vezes menor nos seres humanos da era pré-industrial. Pesquisas que indicam as crianças mais pobres estão bem mais sujeitas à intoxicação, devido ao local de residência ser perto de indústrias, vias de alto tráfego, etc, porém, o problema se agrava quando somado a ele surge o fator desnutrição como agravante. É comprovadamente sabido dos danos que a exposição contínua a baixas doses de chumbo leva a crianças pequenas – diminuição importante do desenvolvimento intelectual – efeitos esses geralmente irreversíveis. Percebe-se que para cada 10 microgramas acima da concentração de 25 microgramas no sangue, há uma diminuição no QI de 1 a 3 pontos, em um quadro de exposição prolongada. Contudo, diferente do quadro que se apresenta na intoxicação aguda que geralmente tem sua fonte facilmente detectável, a exposição prolongada deve-se a várias fontes – petróleo, processos industriais, tintas, soldas em enlatados, canos de água, ar, poeira, sujeira das ruas e vias, solo, água, etc.
Resumos Relacionados
- BenefÍcios Causados Pelo Sol
- O Cigarro Suas Substâncias Tóxicas E Radioativas E O Fumante Passivo.
- O Governador Charlie Crist E O Sr. Presidente Paul Chehade De Foundati
- Mundo Da Medicina
- Conheça Bronqueolite,e Cuide Do Seu Bebê
|
|