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Sob a Lua Cheia - Parte IV - FINAL
(Diego Coletti Oliva)

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O cheiro fétido de carne podre enchia os pulmões de Igor, Luana enojada com a visão daquela sombria decoração não segurou o estômago e vomitava, o interior do casebre se mostrava tão aterrorizante quanto a própria besta que os caçava lá fora, ou ainda mais. O chão estava coberto de sangue, sangue por toda a parte, molhando os pés do jovem casal. Haviam carcaças penduradas junto a uma das paredes, carcaças de muitos animais, inclusive a carcaça do que um dia já foi um homem, suas vísceras haviam sido retiradas, a carne já estava podre e exalava um cheiro repulsivo. Sobre uma mesa no centro da sala haviam ferramentas, facas, alicates, serras e sangue, sangue e entranhas, negras devido ao tempo desde que foram jogadas ali, pútridas, já com vermes que podiam ser vistos se movendo entre a carne e o sangue. A visão desta cena os enchia de asco e terror, que monstro poderia ter feito isso? Um uivo lá fora respondia a pergunta. Igor puxa Luana em direção a uma porta do fundo da sala, mas antes que conseguissem chegar ao meio do caminho a fera entra no casebre, saltando através de uma janela, quebrando vidro e madeira à sua frente. Os jovens correm, mas o susto faz Luana escorregar no sangue que cobre o chão, caindo naquele líquido vermelho escuro e viscoso, Igor rapidamente pega um grande facão na mesa e se põe entre a besta e sua amada. --Corra Luana! Saia daqui! AGORA! As palavras se repetem...Luana se levanta e corre para a porta, a fera move-se em sua direção mas Igor a acerta com o facão chamando a atenção para si. Luana passa pela porta que guarda apenas a escada para o porão, não há o que fazer, ela desce as escadas enquanto ouve o último grito de seu namorado, enquanto a fera estraçalha sua jugular com os imensos dentes de predador. Luana chora compulsivamente, todos os seus melhores amigos estão mortos, Igor,seu amado, está morto, e agora ela será a próxima, presa dentro do porão de um bizarro matadouro, sem saída, sem esperanças. Ela se encolhe num canto, envolta em sombras apenas chora, esperando seu fim. Sentindo-se observada ela levanta os belos olhos verdes, e encontra à sua frente aqueles malignos olhos amarelos, a perscrutando com satisfação, os olhos de seu executor. Num gesto rápido ela vê as mandíbulas ensangüentadas da fera avançarem sobre seu rosto, num instante dor, no próximo trevas, nada mais... FIM



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