O Mercador de Veneza
(William Shakespeare)
Este drama de Shakespeare, composto no final do séc. XVI, trata do desenrolar da vingança de Shylock, usurário judeu, sobre o mercador veneziano, António.
Shylock possuía fortuna adquirida na cobrança de juros de empréstimos de dinheiro, juros que cobrava implacávelmente enquanto António, rico mercador, o emprestava sem ganho de juros o que o irritava bastante a ponto de jurar vingança.
A oportunidade surgiu quando António quis ajudar o seu amigo Bassâncio, um nobre arruinado, a deslocar-se a uma cidade próxima de Veneza para se declarar a Pórcia, por quem se tinha apaixonado e com quem pretendia casar necessitando para isso de dinheiro.
António prontificou-se a dar o dinheiro a Bassâncio nem que o tivesse que pedir emprestado a Shylock pois estava nessa altura prestes a chegar a Veneza um seu carregamento de mercadorias que valia tanto ou mais que o dinheiro necessário.
António pediu o empréstimo a Shylock que para grande surpresa sua negou a garantia dos bens prestes a aportar, exigindo antes uma estranha condição: caso findo o prazo, António não pagasse o devido, Shylock teria o direito a cortar uma libra de carne, ficando ao seu critéro escolher de que parte do corpo de António a retiraria.
Apesar da firme oposição de Bassâncio a este negócio, António assinou o documento que lavrou este trato.
Entretanto Bassâncio casa-se com Pórcia, de Belmonte, e o seu aio com a aia de Pórcia quando lhe chega a notícia de que os barcos esperados por António se tinham afundado. Bassâncio parte de Belmonte para Veneza a ajudar o seu amigo não sem antes receber de Pórcia um anel assim como o seu aio um anel também de sua mulher, aia de Pórcia.
Pórcia, inquieta com a partida do marido e a sorte de António, trama um plano para salvar António da morte: contacta um seu parente, juiz em Veneza que a põe a par do processo e a nomeia juiz e à sua aia, ajudante, no processo contra António.
Devidamente disfarçadas com barbas e vestidas conforme, as duas mulheres apresentam-se no tribunal presidido pelo duque de Veneza no julgamento do processo de Shylock contra António. E aí, Pórcia argumenta brilhantemente que o contrato em questão não firmava qualquer acordo para o derramamento de sangue o que tornava impossível o pretendido corte de 1 libra de carne.
O tribunal dá como impossível o cumprimento do estranho contrato e condena Shylock a doar metade dos seus bens a Veneza e a outra metade à sua filha que se tinha casado contra a vontade do pai.
Felicíssimos com o desenlace do julgamento, António e Bassâncio insistem em recompensar o juiz e ajudante que negam veementemente qualquer oferta, a não ser...os anéis que usavam Bassãncio e seu aio, que acabam por oferecê-los após grande recusa e hesitação.
Bassâncio e seu aio regressam a casa, em Belmonte, onde ao se encontrarem com as respectivas mulheres, estas se revelam afinal como o juiz e ajudante pois usavam os anéis que estes lhes tinham oferecido por duas vezes.
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