Os outros e nós - Infelicidade Fatal
(KriA9)
Voltámos de férias e o estado de espírito tendência outono/inverno (aliás, primavera/verão também) do "passaram-se" ou do " vai-se andando" paira no ar, fatalmente.Se até o nosso Fado já "está noutro registo" (obrigada, Mariza, Misia e tantos outros jovens de várias idades) porque é que o nosso tom negro da vergonha de mostrar alegria, felicidade ou vontade de o ser persiste? E porque é que tudo o que recomeça mal é culpa "deles"? Será que ao fim de tanta exposição a expressões de liberdade e outras visões ainda não se consegiu fazer perceber ao nosso "pobre iletrado" povo que "os outros" ("eles") somos NÓS e que podemos fazer a mudança?Que cansaço das rugas de expressão da tristeza, da falta de ser feliz e de rir, e da desculpa universal "desertificação". Não há plásticas para a alma, nem paciência para o desânimo gratuito. Não somos nem pobres, nem fracas figuras. Só temos muita pena de nós e só voltaremos a ser grandes quando a "fome" apertar. Nascemos para cigarras, ainda por cima deprimidas. Basta!Basta da galinha da vizinha ser melhor que a minha e ficar cheia de raiva por isso. Queremos continuar com o futebol como notícia de lugar cativo nas informacões nacionais, ou alternativamente, com misérias expostas, para podermos sofrer perdidamente? Perdidamente só AMAR! Não nos permitimos ser infelizes, frase do "bom dia" de cada dia. Comecemos por nós, antes dos insultos da manhã na rua. Sofro e trato-me de depressão major hereditária que só descobri e assumi quando finalmente (graças a Deus, só depois dos 40) me extinguiram o bom humor, com esta forma de ser e viver neste país que é lindo. Foram os últimos anos de escravidão de luxo, como muitos de vós: trabalho bem pago ou talvez não, mas horas sem fim, família nem ver ou falar e uma revolta insuportável. Abdiquei! Acontece-me rir sozinha nas ruas e se perguntam porque rio, faço por contagiar. Não procuro antidoto! Os meus contagiados não se querem tratar. Ah, já agora há muitos portadores da mesma doença por este país e até são, curiosamente, mais velhos. Lindos sorrisos nos olhares e nos lábios, com histórias bem sofridas mas sem rancores e que se querem esquecidas, umas; outras partilhadas até à gargalhada.Por favor, sorriam nem que seja para os "flashes" das trovoadas do Outono que aí vem. Vá lá!
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