Pavarotti popularizou a ópera?
(falkner)
A 42 dias de completar 72 anos, o cantor lírico italiano Luciano Pavarotti, considerado um dos maiores tenores de todos os tempos, morreu em Modena, Norte da Itália, em 6 de setembro de 2007. Filho único de Adele Venturi, trabalhadora de uma fábrica de cigarros, e de Fernando Pavarotti, padeiro que cantava nas horas vagas, Luciano gostava de futebol e queria ser goleiro, mas formou-se em professor seguindo orientação do pai. Entretanto, após dois anos de trabalho em uma escola primária, convenceu o pai a apoiá-lo na tentativa de fazer carreira na música. Fernando prometeu sustentar o filho até que tivesse 30 anos, depois disso, o sustento seria por sua conta.
Antes de completar 25 anos, em 29 de abril de 1961, Luciano estreou na ópera “La Bohème de Puccini”, em Reggio Emilia. Pouco depois tornou-se popular ao cantar a difícil ária de nove notas, com “dó de peito” da ópera “A filha do regimento” – façanha que fez com que saísse na primeira página do New York Times.
A partir de então, sua carreira subiu vertiginosamente. Cantou nos teatros mais importantes do mundo – Teatro alla Scala (Milão), Royal Opera House (Londres), Metropolitan Opera House (Nova York) – e fez duetos com famosos intérpretes populares, tais como Bryan Adams, Eros Ramazzotti, Sting, Andrea Bocelli, Frank Sinatra, Michael Jackson , Queen, Celine Dion, U2 e os brasileiros Caetano Veloso e Roberto Carlos.
Porém, sua participação mais marcante foi ao lados dos espanhóis José Carreras e Plácido Domingo nos concertos "Os três tenores”. Muitos acham que esses concertos foram responsáveis pela popularização da ópera, mas esta opinião não é compartilhada pelo inglês Norman Lebrecht, respeitado crítico do mercado da música clássica, autor de dez livros sobre o assunto. Para Lebrecht, a ânsia de ganhar milhões de dólares se apresentando em eventos particulares, afastou Pavarotti e Carreras das óperas, “as pessoas só podiam assistir a Plácido Domingo”.
Lebrecht diz que só para cantar nas aberturas das Copas do Mundo de 1994 e 98, os três tenores receberam US$ 32 milhões, mas as gravadoras Warner e a PolyGram (hoje Universal) “perderam uma fortuna”, não sobrou nada para reinvestir em novos intérpretes e isso levou “o resto da indústria fonográfica à falência”.
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