VÍTIMA OU CÚMPLICE?
(JORNAL NACIONAL-TV)
Um mulher levou um tiro na barriga quando estava no quinto mês de gravidez, quando três assaltantes entraram na loja onde ela trabalhava e roubaram R$ 30 mil. Mas a gravação de uma conversa telefônica pode dar outro fim à história.A perícia na gravação de um telefonema pode levar para a cadeia uma mulher que, até o mês passado, era considerada vítima de um assalto, em Curitiba. O desafio da polícia é saber se a mulher que carrega um bebê no colo é vítima ou cúmplice de um crime. Patrícia levou um tiro na barriga quando estava no quinto mês de gravidez. Três assaltantes entraram na loja onde ela trabalhava e roubaram R$ 30 mil. Um deles atirou em Patrícia. A bala ficou alojada a cinco milímetros do bebê. Angelina nasceu saudável, em agosto. Mas a gravação de uma conversa telefônica pode dar outro fim à história. Um dos bandidos fala com uma mulher sobre o assalto, como se tudo tivesse sido combinado, até mesmo o tiro. O advogado dos assaltantes diz que essa mulher é Patrícia. Homem: O que mais está repercutindo é esse negócio do tiro que você pediu que desse para você. Mulher: Escute uma coisa. Não se preocupe. Homem: Não se preocupe? Mulher: Estou falando para não se preocupar, não tem o que se preocupar. Os dois também falam que o tiro justificaria um pedido de indenização. Homem: E a indenização? E a indenização? Você vai ganhar alguma coisa? Mulher: R$ 150 mil eu vou pedir. Homem: Você vai pedir R$ 150 mil de indenização? Mulher: Hã, hã Patrícia tomou a iniciativa de procurar a polícia e negou tudo. “Isso é um absurdo”, disse ela. Patrícia foi indiciada como suspeita de ter participado do assalto, mas o delegado só deve decidir se pede a prisão depois de receber os exames, que vão apontar se a voz é mesmo dela e se não houve montagem na fita. Por enquanto, a polícia é cautelosa ao tratar da reviravolta do caso. “Será que ela teria coragem de pedir para alguém atirar nela e acabar matando o filho? Será que isso é possível? Mas, como delegado da polícia, nós temos que apurar os fatos e investigar. Isso nós vamos fazer”, assegurou o delegado Rubens Recalcatti.
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