Freud 150 anos
(Edázima Aidar)
No aniversário de seu nascimento, o criador da psicanálise é alvo de debates intensos e grandes comemorações em todo o mundo. Há 150 anos, nascia Freud e depois disso o mundo nunca mais foi o mesmo. Ele mudou a maneira das pessoas verem a si mesmas e aos outros com a descoberta do inconsciente. O que ele percebeu é que não somos só o que pensamos ser, a razão vacila e não é ela quem nos comanda. O homem é regido por forças que não conhece e que o ultrapassam em sua intenção consciente. Ao falar, em certos momentos, a lógica consciente se rompe e outra lógica se faz presente, através das trocas de palavras, sonhos, risos que escapam em momentos inoportunos, esquecimentos, frases contraditórias ou de duplo sentido. A célebre "terapia pela fala" nasceu de seu trabalho no consultório, portanto, mais que uma teoria sobre o homem é um método de tratamento. Ninguém como ele vasculhou os caminhos da mente. Suas descobertas foram decisivas para o conhecimento do psiquismo. Freud foi pioneiro. Nenhum outro contribui tanto para que o homem despertasse do seu sono profundo em relação a si mesmo. A descoberta do inconsciente e a possibilidade de se ter acesso às suas formações num tratamento faz a pessoa, se surpreender com ela mesma, entrar em contato com a sua verdade. Na realidade, ele percebeu que "sofremos porque somos estranhos à nós mesmos". Porem, quando esse estranho se torna intimo é possível deixar de sofrer. A psicanálise é a "arte da escuta" e escutar é diferente de ouvir. Ouvir é do campo do sentido. Escutar é do campo do inconsciente. É preciso que o paciente queira falar de si para o analista, para ser escutado. No entanto, escutar requer que o próprio analista tenha sido submetido à uma analise, pois implica, antes de tudo, que ele tenha um conhecimento do seu próprio inconsciente. As revelações de Freud são preciosas e propiciam uma compreensão profunda do ser humano. Frases como "Freud está ultrapassado"; "A psicanálise já era", etc só servem para dar a ela ainda mais crédito. A psicanálise está mais viva do que nunca tendo se expandido por todo o mundo e dialogado com todos os campos do saber. Ela conquistou um lugar particular e singular, portanto insubstituível, nesses 106 anos de existência. Como seria o mundo hoje, se Freud não tivesse existido e escancarado as portas do nosso mundo emocional? Que saídas teria o homem para seus conflitos e sua angustia, que não a medicamentosa? Para falar sobre a descoberta que revolucionou o mundo, convido os interessados para assistirem à palestra "Psicanálise, um tratamento para seus conflitos pela palavra" (de Freud à Lacan
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