Resumo de A Hora da Estrela - CLARICE LISPECTOR

Título do Livro: A Hora da Estrela.
Autor: CLARICE LISPECTOR.

A obra começa com uma dedicatória inusitada:
“A Hora da Estrela/A CULPA E MINHA
OU A HORA DA ESTRELA/OU ELA QUE SE ARRANJE
OU O DIREITO AO GRITO/.QUANTO AO FUTURO.
OU LAMENTO DE UM BLUE/OU ELA NAO SABE GRITAR
OU UMA SENSAÇÃO DE PERDA/OU ASSOVIO NO VENTO ESCURO
OU EU NÃO POSSO FAZER NADA/OU REGISTRO DOS FATOS ANTECEDENTES
OU HISTÓRIA LACRIMOGENICA DE CORDEL/OU SAIDA DISCRETA PELA PORTA DOS FUNDOS”.
A obra conta a história de moça pobre que nasceu no interior de Alagoas (Sertão Alagoano). Seus pais não tinham consciência de seu papel na sociedade, eram pobres e viviam para sobreviver. Simplesmente se viram casados e desse casamento nasceu uma menina tão feia de doer.
“Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o que, mas sei que o universo jamais começou.”.
Desde pequena isolada das outras crianças, vivia doente, os pais resolveram que só lhe daria um nome se ela vingasse. A menina passou de um ano, vingou e a batizaram de Macabéia – em homenagem aos Sete Macabéus da Bíblia. A autora através de um narrador Rodrigo S.M. abusa de suas particularidades, de seu psicologismo doentio em seu acefalismo.
“- Na Rádio Relógio disseram uma palavra que achei meio esquisita: mimetismo.
Olímpico olhou-a desconfiado:
- Isso é lá coisa para moça virgem falar? E para que serve saber demais? O Mangue está cheio de raparigas que fizeram perguntas demais.
- Mangue é um bairro?”
Personagem PRINCIPAL, Macabéia cresce, seus pais morrem quando estava com dois anos de idade, sem parentes, se vê obrigada a ir para Maceió, pois lá estava uma tia beata que a acolhe e castra ainda mais em seus sonhos escondidos. Queria ser Estrela, igual Merilyn Monroe. A tia leva-a para sua primeira dignidade que é estudar DATILOGRAFIA. Demora a terminar um o curso. Sua tia a leva para o Rio de Janeiro, aos 19 anos, na Rua do Acre, próxima do cais do porto, onde compartilha, num velho sobrado, as vagas de um quarto muito modesto, com mais quatro moças de nomes Marias. As Marias eram Balconista das Lojas Americanas. Seus horários de folga não batiam com os de Macabéia.O trabalho de Macabéa - datilógrafa – ficava numa firma na Rua do Lavradio. Eram do representante de roldanas Sr. Raimundo Silveira. Lá trabalhava ainda a Glória, secretaria, sua colega. Sr. Raimundo não agüentava mais manter aquela empregada que para O escritório não tinha serventia nenhuma. Chama-a para demiti-la, mas tem pena e volta atrás.Quando se dirigia para casa, num dia muito chuvoso, a moça ao passar por um nordestino chamado de Olímpico de Jesus, ela para e ele também, como se conhecessem e começa uma relação no mínimo estranha.
“Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
-- E se me desculpe, senhorita, posso convidar a passear?
-- Sim, respondeu atabalhoadamente com a pressa antes que ele mudasse de idéia.
-- E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
-- Macabéa.
-- Maca -- o quê?
-- Bea, foi ela obrigada a completar.
-- Me desculpe mas até parece doença de pele.
-- Eu também acho esquisito mas minha mãe ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se vingasse, até um ano de idade eu não era chamada não tinha nome, eu preferia continuar”.
Em sua cabeça era um namoro, mas Olímpico nunca a beijara, nem muito menos a abraçara. Sempre que encontravam chuvia. Olímpico ambicioso queria progredir na cidade grande e voltar para Paraíba para ser deputado. Esse sonho com Macabéia não se realizaria, pois Olímpico, um operário ambicioso e de maus antecedentes, acaba trocando Macabea por sua colega de trabalho Glória que era mais bonita, cheia e filha de açougueiro. Muito esperta passa a perna em Macabéia. O sentimento de culpa pertuba Glória por ter roubado Olímpico de Macabéia e empresta-lhe dinheiro para a uma cartomante amiga sua. Madame Carlota – ex-prostituta - era muito boa em suas previsões e talvez a única que poderia indicar a Macabéia como conseguir um amor. A cartomante a recebe e diante de sua infelicidade faz a sua previsão. Macabéia terá um belo homem loiro, casará com ele e viverá feliz e rica para o resto da vida, ele será estrangeiro e a amará muito. Feliz com a previsão Macabéia sai Dalí tão absolta em seus pensamentos em ser feliz que ao atravessar ao se preparar para atravessar a rua, logo abaixo da caçada é atropelada por um por um luxuoso Mercedes amarelo, com um homem belo e rico dirigindo-o. Ela voa como se dançasse no ar e cai com a cabeça no meio fio. Seu copro murcha, fica na forma de feto, pequenino corpo cariado, agora perdido. Enquanto seu sangue corre na sargeta o narrador faz suas divagações sobre a morte, se descobrindo parte dela e condições de evitar tal desastre e começa a perder a força de sua própria narração como se morresse com ela. A multidão se aproxima, pois é seu único momento importante, sua hora de morte, A Hora da Estrela.
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela

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