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Risco e Perigo na modernidade
(Franz Josef Brüseke)

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Risco ou perigo? Franz Josef Brüseke, no livro "A Técnica e os Riscos da Modernidade", constrói seus argumentos em torno dos dois termos. E não são equivalentes: o risco traz a possibilidade do cálculo, da antecipação aos seus estragos e está inscrito, disciplinarmente, no campo da Sociologia; já do perigo, derivado da sociedade moderna e de sua afinidade com o cálculo e a técnica, ocupa-se com mais propriedade a filosofia. Em posições centrais nessa discussão, Ulrich Beck, em A Sociedade de Risco, que trata da modernização reflexiva - "A modernização não entrou no seu próprio Pós mas voltou-se contra si mesma." - (p. 36), e Martin Heidegger, com sua crítica ao perigo que ronda a sociedade dominada pela técnica, momento em que "Nós não refletimos que, com os meios da técnica, está-se preparando um ataque à vida e à essência do homem que, comparado com a explosão da bomba de hidrogênio, significa pouco." (p. 66)

O livro de Franz Brüseke não está limitado a discutir esses dois autores, mas seu desenvolvimento pode ser resumido na oposição que ali encontra. Boa parte do último capítulo, por exemplo, discute o conceito de sagrado como foi apresentado por Rudolf Otto, mas pode ser visto como um prolongamento da apreciação da obra de Heidegger. Assim também Anthony Giddens e sua noção de desencaixe, separação de espaço e tempo na modernidade, "... precondição da dinâmica extrema da modernidade..." (p. 20) está presente, mas de certa forma subsidiário no conflito explorado pelo livro. Que conflito?

O livro, composto por três capítulos (de cinco) antes publicados como artigos, tem uma evolução não truncada. Uma padronização na citação bibliográfica poderia ajudar os leitores a saber o ano da primeira edição e a página citada das obras referidas e, algumas vezes, também da existência de traduções disponíveis em português. De Mircea Eliade, por exemplo, O Sagrado e o Profano (p. 215) foi traduzido. Ainda na bibliografia, algumas obras comentadas não estão relacionadas, como a da nota 49, página 170. As dificuldades na tradução e interpretação de Heidegger não precisariam ser aumentadas com o formato de apresentação e discussão do texto do filósofo tal como acontece nas páginas 74 e 75. A nota de número 50, página 105, o comentário sobre a relação de Heidegger com o nazismo ser mais "um escândalo francês do que um escândalo alemão" pede uma referência, ausente, ao professor Zelkjo Loparic, que dedicou o livro Heidegger Réu - Um Ensaio sobre a Periculosidade da Filosofia (Campinas: Papirus, 1990) em parte a essa questão, opondo-se ao seu ex-colega, Victor Farias, com quem frequentou curso oferecido pelo filósofo alemão. Por fim: a orelha humana nas costas de um rato, foto que correu o mundo, foi criada com genes humanos ou era uma orelha "normal" que, decepada, foi ali costurada para não perder sua irrigação sangüínea e assim manter condições de posterior reimplante? (p. 66)



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