BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A homossexualidade em terapia
(Klecius Borges)

Publicidade
Em psicoterapia, pacientes enfrentando a questão da orientação sexual, muitas vezes não são capazes de expressar suas angústias de forma directa e objectiva. Essa dificuldade pode tanto ser função de dúvidas e confusão sobre desejos e sentimentos, como também por vergonha ou medo da rejeição por parte do terapeuta. Para ajudar a essas pessoas a identificar a problemática e facilitar aos terapeutas o acesso ao mundo interno de seus pacientes, descrevo a seguir alguns factores freqüentemente presentes na dinâmica associada à homossexualidade. É importante lembrar que são apenas generalizações, e portanto, um mero ponto de partida para uma investigação mais profunda, ou seja, muitos desses factores podem estar presentes em pacientes não homossexuais.Assim: Via de regra, o indivíduo homossexual: - Aprendeu desde muito cedo a sentir-se diferente, sendo essa diferença associada à inferioridade e à menor valia. Esses sentimentos costumam aparecer muito cedo, por volta dos 6 ou 7 anos como resultado da reação negativa dos pais a comportamentos e atitudes que diferem do padrão esperado para o sexo da criança. - Desenvolveu um alto grau de autocontrole e tende a não confiar em seus próprios sentimentos, o que pode levar a uma forte alienação de si mesmo. Esse autocontrole tem como objetivo evitar qualquer demonstração dos sentimentos verdadeiros e como conseqüência pode levar a uma percepção empobrecida de si mesmo. - Sente-se só, culpado, envergonhado e com medo de ter seu segredo descoberto e com isso perder o amor e o respeito dos demais - Tem alta probabilidade de sofrer depressão crônica associada a algum grau de imobilidade, o que pode levar a diferentes formas de dependência química. Essa imobilidade decorre da falta de perspectiva de solução para o conflito interno aliada à impossibilidade de dividir o problema com qualquer outra pessoa. - Está sujeito a acidentes fatais e suicídio (principalmente adolescentes) por temer ter sua verdadeira identidade revelada e portanto frustrar as expectativas dos pais e da sociedade em geral - Tem uma história de abusos verbais (podendo vir até mesmo de entes queridos que não sabem sobre sua identidade) e/ ou físicos - Costuma viver em dois "mundos" simultaneamente. - Freqüentemente desenvolve uma estratégia para manter uma identidade heterossexual pública. Essa identidade tem como função reduzir o conflito interno, na medida em que possibilita uma dissimulação tanto para si próprio como para os demais Para o terapeuta heterossexual que deseja atender indivíduos homossexuais de acordo com uma abordagem afirmativa, positiva e aberta, sugiro os seguintes cuidados: - Procure rever seus próprios preconceitos, fantasias e sentimentos sobre a homossexualidade - Se o paciente apresentar alguma patologia, é a patologia que deve ser examinada, não a homossexualidade. - Cuidado com os estereótipos - Lembre-se que o paciente espera de você acolhimento, apoio e principalmente respeito - Tenha em mente que o paciente homossexual tem, em algum grau, um histórico de opressão - Procure ficar atento às dificuldades do paciente em expressar raiva e lidar com sentimentos eróticos - Esteja preparado para ajudá-lo a se livrar de sentimentos de culpa e vergonha - Aprenda sobre os diferentes estilos de vida homossexual e descubra o que a comunidade local oferece - Deixe que o próprio paciente estabeleça os limites sobre os aspectos íntimos de sua sexualidade que deseja compartilhar com você. - Não se esqueça de reafirmar a orientação sexual de seu paciente como manifestação natural de sexualidade humana. Bibliografia: Loving someone gay Don Clark, Celestial Arts, Berkley COMENTÁRIOS DE PARTICIPANTES DESTA PALESTRA "Gostaria de parabenizar o espaço Koema* pela iniciativa de propiciar um encontro com pessoas interessantes, inteligentes, onde se é possível trocar e aprender coisas novas. Foi muito bom!" "Gostei muito por ser uma palestra "bate papo" onde pudemos fazer perguntas e trocar idéias e reflexões. Muito didático e consistente ao trazer sua compreensão dinâmica, seu trabalho e experiências vividas. Parabéns pelo trabalho e pela proposta." "Foi muito importante ver um profissional da psicologia acreditando no próprio trabalho com tanta energia. São necessários pessoas e amigos como esta para que as pessoas encontrem seus caminhos." "O Papo na Cozinha foi muito importante para minha vida pessoal e profissional, pois propiciou um diálogo extremamente rico, que possibilitou uma nova visão sobre a homossexualidade."



Resumos Relacionados


- Os Desafios Da Terapia

- Tentativas De Explicação Das Causas Da Timidez

- Paz A Cada Passo: Como Manter A Mente Desperta Em Seu Dia-a-dia

- Homossexualidades: Identidade De Gênero

- O Que Faço Se Me Sentir Desconfortável A Falar Sobre Sexo?



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia