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A herança intelectual
(Michael Banton)

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http://socursosgratis.blogspot.com/BANTON, Michael. "A herança intelectual". In: A idéia de raça. Lisboa, PT: Edições 70, 1977. p. 11-23.
Segundo Banton, o sociólogo deve prestar atenção quando um grupo passar a considerar suas relações com o outro grupo como “raciais”, porém, não deve se deixar levar pelas concepções que os protagonistas têm sobre o que é racial. Ele diz ser imprescindível, no estudo das relações raciais, relacionar a história da idéia de raça com a sociologia das relações raciais. A idéia de raça, segundo Banton, deve ser estudada junto às idéias de raça, classe e nação, pois ambas emergiram no século XIX. Para ele, nação foi a idéia mais afortunada das três porque conseguiu difundir a crença na nacionalidade como atributo natural, que unia todos os membros de um Estado, inclusive as minorias. No entanto, a coincidência entre nação e Estado não se verifica, haja visto os Estados em que as minorias não foram integradas. A idéia de raça, por sua vez, trazia a esperança de que os distintos tipos raciais tomariam, cada um, a posse dos territórios que lhes fossem mais adequados, o que foi derrotado pela crença de que os brancos são superiores a todos os outros grupos, o que lhes permitia dominar qualquer região do mundo.
A partir da assertiva de Marx a respeito da dominação de classe e a dominação ideológica, Banton enfatiza os sentidos de que esta pode se revestir, mas ele adverte que as idéias de raça, classe e nação não devem ser tomadas como meros reflexos da estrutura. O autor parte do princípio que o campo de estudos das relações raciais deve ser abordado do ponto de vista da história do seu desenvolvimento, pois isto dará ao estudioso da área condições de formular sua própria opinião a respeito do estado atual do campo de estudos e do seu futuro.
Segundo Banton, é no livro de Robert Knox, intitulado The races of men (1850) que a teoria da tipologia racial se tornou compreensível. A influência da teoria de Darwin, contudo, derrubou esta teoria ao mostrar que as espécies não são permanentes e que estão sujeitas à evolução através da adaptação e da seleção. Na década de 30 do século XX, o conceito de tipo racial foi substituído pelo de população, que em vez de ser estudada tipologicamente, era estatisticamente estudada. Para Banton, contudo, a substituição de tipo racial por população não tem muita utilidade
Banton propõe que a sociologia substitua raça pelos conceitos de minoria e maioria. No século XIX, raça, nacionalidade e classe eram consideradas expressões de atributos individuais. A ciência social contemporânea vê os como grupos sociais identificados como raça não é mais como grupos com determinadas características físicas, mas como a percepção das diferenças físicas e a conseqüente divisão da população em grupos distintos. Houve um deslocamento do biológico para o social.
O desejo de homogeneização nascido no século XIX a partir da criação dos Estados-nação foi solapado pelo aumento do número de grupos minoritários em territórios que se proclamavam habitados por indivíduos que possuíam origem comum. Contribuíram para este aumento das minorias as transformações nos transportes e no custo das viagens, que possibilitaram a manutenção dos laços dos seus membros com sua terra natal e uma nova perspectiva para o futuro, em que não seriam levados à assimilação. Algumas mudanças na orientação dos estudos sobre relações raciais são identificadas por Banton entre 1875 e 1921. Banton critica, no entanto, estas teorias pelo fato de que, devido à sua preocupação em resolver os problemas atuais e prever futuros desenvolvimentos do problema, não se ocupam da revisão crítica das obras clássicas. Para ele, a crítica no estudo das relações raciais é confundida com o “mero abuso ou denúncia”. A crítica, claramente endereçada aos estudos de Park, aponta para a tentativa de solução do problema racial realizada por ele e seu grupo, que viam no conceito de casta um substituto para raça. Banton menciona o estudo de Oliver Cox, Caste, class and race, no qual o autor diz que raça e nação estão subordinadas à classe



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