Herança
(Remisson Aniceto)
E eu morro a cada diaquando cada coisa morre.Outrora Deus me socorria;agora já não socorre... Vai um pássaro, coitadinho,de hirtas e opacas asas.Vai com ele um bocadinhoda minha alegria tão rasa. Vão-se o amigo, o cão, o gato, o boi,tudo vai nesta infalível jornada.Só fica a angústia do que foina minha memória cansada. Até um jovem filho se vai,sem mesmo saber p''ra onde,na vã liberdade que atraie mil armadilhas esconde. Nenhuma alegria perdurae todo gozo é passageiro.Só de tristeza há farturatodo dia, o ano inteiro... Quando eu me for (e será breve!)levarei comigo esta carga.Não quero que alguém herdetanta lembrança amarga.
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