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Estruturalismo e estruturalistas na Antropologia Social
(Roberto Cardoso de Oliveira)

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http://trabalhartrabalhar.blogspot.com/OLIVEIRA, Roberto Cardoso. “Estruturalismo e estruturalistas na Antropologia Social”. In: Tempo Brasileiro – Revista de Cultura. Rio de Janeiro, n. 15/16. p. 79-89. O autor faz um exame da noção de estrutura na Antropologia Social inglesa, influenciada por Radcliffe-Brown e entre os antropólogos sociais influenciados por Lévi-Strauss. Oliveira diz que esta distinção se encontra melhor apresentada nas obras The theory of social structure, de Nadel (1957), e em Rethinking Anthropology (1963), de Leach. Este último, são declarar sua adesão ao pensamento levi-straussiano, distingue generalização de comparação e atribui a Lévi-Strauss a primeira posição e a Radcliffe-Brown a segunda. Apesar de Radcliffe-Brown não adotar o método comparativo como único, mas como um dos modos de testar hipóteses, e de também enfatizar o aspecto relacional, tal como os estruturalistas, Leach pontua que a diferença entre os dois reside na aplicação dada ao conceito de estrutura como instrumento de conhecimento da sociedade. Para Radcliffe-Brown, estrutura é “uma teia de relações (sociais) realmente existentes”, sendo a expressão da realidade empírica. Para Lévi-Strauss, não há essa relação entre realidade empírica e estrutura, visto que estrutura é o modelo construído para apreender a realidade empírica. Daí porque ele procede à distinção entre relações sociais e estrutura.
Robert Merton também se contrapôs à concepção de estrutura de Radcliffe-Brown e, partindo dessa crítica, ele elaborou os conceitos de função manifesta e função latente para dar conta também da estrutura da vida social que não é imediatamente percebida via a mera observação das relações sociais. Os estrutural-funcionalistas situados na linha de pensamento de Radcliffe-Brown também apontaram a necessidade de ir além do observado. Meyer fortes (1953) propôs o procedimento descritivo-analítico como meio de ir mais além e capturar as estruturas profundas. Assim, o estruturalismo britânico se caracteriza pela produção de teorias de médio alcance, enquanto que o estruturalismo levi-straussiano destina-se à construção de teorias de longo alcance. Este propósito é assumido por Lévi-Strauss em O cru e o cozido (1964). O procedimento de aplicação da noção de estrutura é referido por Gilles Gaston Granger (Pensée formelle et sciences des hommes, 1960) como découpage<1> des phénomènes. Ele distingue este processo em dois tipos: découpage “formalista”, que reduz o objeto a estruturas abstratas, e découpage “operacional”, que faz uma síntese concreta do modelo formal. A proposta de Lévi-Strauss se insere nesta segunda découpage. Daí porque ele se inspira na lingüística estrutural para realizar seus trabalhos. Nos textos A análise estrutural em Lingüística e em Antropologia (1958) e Aula Inaugural (1960), esta filiação fica patente.



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