Resumo de Treze à Mesa - Agatha Christie

Treze à mesa.

Certamente um dos casos mais intrincados da carreira do detetive belga Hercule Poirot. Narrado como memória do capitão Hastings o caso começa quando Jane Wilkinson, bela, famosa e tremendamente egocêntrica atriz, pede a Poirot que interceda junto a seu marido Lord Edgward, de quem está separada porem não legalmente, para que consinta em dar-lhe o divórcio. O pedido inusitado a princípio é rejeitado, porem a atitude absurda e até certo ponto infantil da moça que se declara disposta a tomar um táxi e ir até a residência do senhor em questão para “pessoalmente dar cabo dele”, caso não consiga convencer Poirot a ajudá-la, faz o detetive mudar de idéia. O aparentemente irredutível Lord Edgward declara-se perfeitamente disposto a consentir com o divórcio, deixando Poirot surpreso, “sem entender mais nada” , como ele mesmo declara repetidas vezes, dando por encerrada sua participação no caso. Mas então a notícia do assassinato de Lord Edgward, por uma senhora vista e reconhecida como Jane Wilkinson, que tomou um táxi, apresentou-se com seu verdadeiro nome e título, solicitou uma entrevista e “deu cabo dele” esfaqueando-o no pescoço, vem abalar a convicção do detetive como alguém conhecedor dos fatos. Que motivo poderia ter levado Jane Wilkinson a cometer o crime? Ela tinha conseguido o que queria, o próprio Poirot era testemunha disso. Mas a polícia está convencida da culpa da mulher e vai prendê-la, afinal, ela mesma havia alardeado que o faria, e daquela exata maneira. Mas aí aparece o álibi, forte, definitivo, irrefutável. Jane Wilkinson não poderia ter matado o marido por estar jantando em casa de amigos exatamente no momento do crime. Começa o mistério. Tudo indica que alguém está decidido a incriminar a atriz, motivos não faltam para isso, ela, com sua personalidade essencialmente egoísta, é uma dessas pessoas que fazem inimigos facilmente. Poirot continua suas investigações, fatos desconexos e aparentemente sem sentido começam a perturbar a linha do seu raciocínio. Ele não encontra mais ordem e método, suas “pequeninas células cinzentas” não estão satisfeitas, algo está terrivelmente errado. Um segundo crime acontece, outra jovem e talentosa atriz é encontrada morta, aparentemente por ter ingerido uma dose excessiva de Veronal. Suicídio? Acidente? Não, para Hercule Poirot fica desde logo claro que está diante de outro assassinato. O assassino está ficando desesperado, acuado e tremendamente perigoso. É preciso agir rapidamente para forçá-lo a cometer um erro, a dar a pista certa. Poirot está positivamente aturdido. Pequenos detalhes fazem o raciocino andar em círculos sem atinar com uma resposta, sem apontar para a direção certa. Então, treze à mesa numa reunião com celebridades e personalidades importantes, tão ao gosto da anfitriã, e um assunto qualquer, banal, uma gafe cometida e uma suspeita incompreensível, um detalhe perturbador, acontecimentos que acabam provocando a terceira morte. Um esforço desesperado de aprofundar-se na mente daquele assassino frio e calculista e Poirot finalmente compreende. Começa a juntar as peças do quebra-cabeças, reconstitui cada gesto, cada pensamento, cada ato, agora ele sabe e o assassino está perdido.
Treze à mesa e o primeiro a levantar deve morrer. A superstição se confirma, um jovem, inofensivo e simpático é assassinado, Poirot não deixará o crime impune. Agora, senhor da situação, conhecedor de cada pormenor ele está preparado para acusar o criminoso. Reúne os personagens daquele episódio perturbador e vai descrevendo os fatos um a um, deixando a maldade e a fraqueza, a crueldade e a covardia do assassino tão irremediavelmente às claras que ele não tem como escapar à justiça. Um final surpreendente que não revelarei para preservar o prazer do leitor.

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