A baixa tolerância à frustração pode dar em suicídio
(O próprio)
De facto, muitas vezes educamos os nossos filhos com excesso de condescendência, Ou porque somos assim mesmo, ou porque eles são o nosso "ai Jesus", ou seja pelo que for, deixamos que eles façam o que querem. Arranjamos sempre uma desculpa para nós próprios sobre os actos maus deles. Com esta assimetria, mais tarde eles não toleram os "nãos" que a sociedade se vai encarregar de lhes dar. E nós dizemos assim" vejam lá dei lhe tanto mimo, amei-o tanto e agora ele(a) fazem isto e aquilo". Ora, o problema não está no mimo que lhes demos, o problema está naquilo em que não os privámos de fazer. Mimo é sempre de dar, agora dá se mimo quando as coisas são bem feitas ou em idades muito tenras dá se mimo porque agente os ama. Agora quando a criança age mal deve ser repreendida e admoestada; reparem um açoite também pode querer dizer, eu amo-te. Quem disse que só mimo e permissão é que é amor. Não, não é; é utopia. Conclusão, crescendo só com uma vertente, mais tarde não sabem distinguir nada. Tornam-se uns megalómanos(as) e acham que podem fazer tudo. E na lógica deles até está certo( foi sempre assim) para eles. O pior é que a consciência social encarrega-se e bem de os reprimir no que fazem de mal, e eles(as) não aguentam. Muitas das vezes tentam mesmo o suicido dada a baixa tolerância que o seu "eu" tem a palavra "não". Outro, drogam se porque o Mundo não os compreende. Eu não sabia, mas procurei saber junto de um amigo que trabalha em saúde mental, que uma das piores patologias é precisamente esta. Os pais dão tudo, não dizem que não e eles depois acham que são donos do Mundo.
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