Sobre Hereditariedade Humana I
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A informação genética de um organismo vivo faz dele um indivíduo único. Contudo essa informação provém, em grande parte, da constituição genética dos ancestrais desse indivíduo, que foi transmitida ao longo de gerações podendo mesmo servir como marca de reconhecimento de uma linhagem, quer pelas semelhanças, quer pelas diferenças entre indivíduos. Isto acontece com todos os organismos vivos inclusivè os humanos.
A Genética Humana estuda os princípios da hereditariedade em Homo sapiens sapiens recorrendo à análise de árvores genealógicas, a estudos em gémeos, a exames de cariótipo e à análise de DNA. O uso destas técnicas em detrimento dos métodos clássicos de análise genética é necessário devido às dificuldades do estudo da transmissão de características hereditárias em humanos, como impossibilidade de cruzamentos experimentais (incluindo cruzamentos F1xF1 e testcross, comuns em Genética Clássica), o longo tempo de geração (o ciclo de vida dos humanos não permite seguir um grande número de gerações), a baixa taxa de fecundação e o baixo número de descendentes por geração (o que torna a análise estatística fraca) e a baixa frequência de partos múltiplos. A proveniência multifactorial da maior parte das características hereditárias e a influência do ambiente na expressão da informação genética são também entraves ao estudo da hereditariedade em humanos.
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