>From:
[email protected][BR]>Subject: A história fazendo justiça[BR]>Date: Mon, 10 Sep 2007 12:49:56 -0300 [BR]>[BR]>UM ESTADO VINGATIVO[BR]>Marli Nogueira[BR]> PARABÉNS...SENSACIONAL.....[BR]>"A única exceção à regra de que uma sociedade livre não deve ser submetida[BR]>a uma finalidade exclusiva é constituída pela guerra e por outras [BR]>calamidades[BR]>temporárias, ocasiões em que a subordinação de quase tudo à necessidade[BR]>imediata[BR]>e premente é o preço que temos de pagar pela preservação, a longo prazo,[BR]>da nossa liberdade ." (Friedrich Hayek) [BR]>[BR]>O governo petista tem dado mostras do tipo de Estado que entende ser o[BR]>melhor[BR]>para os cidadãos: um Estado corrupto, corporativo, aparelhado com os[BR]>amiguinhos[BR]>do poder, que não faz a sua parte com os impostos que recebe e, pior do que [BR]>tudo isso, um Estado vingativo e desagregador.[BR]>[BR]>A recente publicação do livro "Direito à Memória e à Verdade", em que a[BR]>Comissão[BR]>de Mortos e Desaparecidos deseja mostrar as "crueldades da ditadura", é um [BR]>bom exemplo desse desejo de vingança irrefreável que costuma aparecer a[BR]>cada[BR]>vez que o governo vai mal ou a cada vez que se aproxima uma data[BR]>significativa[BR]>para os militares. No primeiro caso, temos, entre outros dissabores para [BR]>o partido do governo, o julgamento do processo contra os "40 ladrões"[BR]>perante[BR]>o Supremo Tribunal Federal, e que redundou no acatamento da denúncia do[BR]>Procurador-Geral[BR]>da República, fazendo com que todos os nominados se tornassem réus. Como [BR]>a maioria deles é formada por integrantes do Partido dos Trabalhadores -[BR]>ou, pelo menos, a ele se encontravam ligados de uma ou de outra maneira -,[BR]>evidente que o PT não iria perder uma oportunidade de desviar a atenção do [BR]>público para tentar fazer crer que há gente pior do que eles. No segundo[BR]>caso, temos a proximidade das comemorações do Dia da Independência, quando[BR]>a data deveria unir ainda mais os brasileiros, civis e militares, jovens [BR]>e adultos, mas acaba por servir para provocar a cizânia entre os cidadãos.[BR]>[BR]>[BR]>O curioso é que não se vê o governo agir com a mesma sanha vingativa contra[BR]>aqueles que realmente merecem a vingança da sociedade. Ao contrário, [BR]>bandidos[BR]>e vigaristas de toda espécie andam soltos pelas ruas, quando não freqüentam[BR]>os próprios palácios governamentais. Se o desejo de vingança se voltasse[BR]>contra essa gente, por certo que a sociedade brasileira aplaudiria de pé [BR]>a atitude do governo. Mas voltando-se ela contra pessoas que, quer os[BR]>esquerdopatas[BR]>queiram, quer não, livraram o país do comunismo (regime com que muitos[BR]>mentecaptos[BR]>ainda sonham), tal atitude revela apenas o intento de forçar um ódio dos [BR]>cidadãos contra as Forças Armadas, única instituição que lhes poderá[BR]>socorrer[BR]>caso isso se torne necessário.[BR]>[BR]>Ora, um bom governo agiria justamente em sentido contrário, esquecendo as[BR]>desavenças pretéritas (não foi para isso que se editou a Lei da Anistia?)[BR]>e dirigindo os olhos para a construção de um futuro de paz e prosperidade,[BR]>que só pode vingar em um ambiente de união, de comunhão de ideais e de [BR]>conjugação[BR]>de esforços. Não há de ser, portanto, jogando irmãos contra irmãos que o[BR]>governo poderá fazer do Brasil uma nação de excelência, ou, no mínimo, uma[BR]>nação decente.[BR]>[BR]>O tratamento que o governo dispensa às Forças Armadas faz com que pensemos [BR]>que, para os petistas, essa instituição não pertence ao país. Mas eles não[BR]>devem se esquecer de que serão precisamente as Forças Armadas quem irá lhes[BR]>dar suporte em caso de necessidade. Não devem se esquecer, ainda, de que [BR]>essa necessidade é absolutamente imprevisível, dependendo sempre dos ventos[BR]>da ocasião, para os quais não há previsão meteorológica e nem medição[BR]>apropriada[BR]>de sua intensidade.[BR]>[BR]>Aliás, são justamente as Forças Armadas que desenvolvem as principais ações [BR]>sociais tão caras aos petistas, como a entrega de gêneros alimentícios às[BR]>famílias mais pobres, o auxílio às populações ribeirinhas da Amazônia, a[BR]>assistência médico-hospitalar nos mais escondidos rincões do país. Por que, [BR]>então, afrontá-las de forma tão desprezível?[BR]>[BR]>Essa gente precisa entender, de uma vez por todas, que no período que se[BR]>tornou conhecido como "ditadura militar" enfrentamos uma guerra, sim. E [BR]>essa[BR]>guerra não poderia ser resolvida de outra maneira senão a adotada pelos[BR]>militares[BR]>da época. Ou será que a ingenuidade é tão grande a ponto de imaginar que[BR]>bastava perguntar aos guerrilheiros onde ficava o "aparelho" ou quando [BR]>seria[BR]>o seu próximo assalto a banco, o seu próximo assassinato, o seu próximo[BR]>"justiçamento"[BR]>ou o seu próximo seqüestro para que eles tudo revelassem, sem resistência[BR]>alguma?[BR]>[BR]>Quando um país vive uma guerra a sociedade inteira há de se submeter a um[BR]>regime excepcional, justamente para que essa guerra possa ser debelada o[BR]>mais rápido e com a maior eficiência possível. E, no nosso caso, tal [BR]>submissão[BR]>se fez praticamente sem que a sociedade sentisse os seus efeitos. Aquela[BR]>guerra foi, graças a Deus, debelada sem grande derramamento de sangue, ao[BR]>contrário do que ocorreu em vários outros países da América Latina. Mais [BR]>do que isso, aquela guerra nos assegurou a liberdade, princípio básico que[BR]>deve nortear qualquer Estado, mas que os guerrilheiros-comunistas estavam[BR]>a ponto de destruir. E uma guerra dessas não se ganha de graça. [BR]>[BR]>Mas, ao que se saiba, não estamos mais em guerra. E se não estamos mais em[BR]>guerra, por que motivo sujeitar a sociedade ao apetite vingativo do governo[BR]>e de toda a esquerda que o apóia? Que benefício essa atitude trará ao país? [BR]>[BR]>[BR]>Considerando-se que a imensa maioria dos militares que participaram de[BR]>ações[BR]>repressivas durante o período da luta armada - luta, diga-se de passagem,[BR]>instalada pelos próprios comunistas (muitos dos quais hoje estão no poder) [BR]>na tentativa de implantar, à força, um regime nos moldes do então vigente[BR]>em Cuba ou na União Soviética -, está hoje morta ou, no máximo, já fora das[BR]>casernas, é de se perguntar: que interesses oculta a esquerda com a [BR]>publicação[BR]>daquele livro? Será que é para depois vingar-se diretamente dos poucos[BR]>militares[BR]>que ainda sobram daqueles tempos e atirá-los ao opróbrio e às prisões? Por[BR]>que essa mesma esquerda não condena também os horrores praticados na ilha [BR]>cubana, preferindo, ao invés, louvar seu já decrépito comandante, a ponto[BR]>de entregar-lhe o destino (sabe-se lá qual será ele) de dois atletas que[BR]>só ansiavam por liberdade? Que critério é esse que os esquerdopatas [BR]>utilizam[BR]>para separar as "boas" e as "más" revoluções? Que autoridade têm eles para[BR]>ditar-nos o que é bom e o que é ruim?[BR]>[BR]>Esse ímpeto vingativo da nossa esquerda nos remete, inevitavelmente, a uma [BR]>imperiosa indagação: ao descobrir o desvio de fundos da cidade paulista de[BR]>Santo André para os cofres do PT e tencionando impedir a continuidade da[BR]>ação, será que Celso Daniel não teria sido também alvo de uma terrível [BR]>vingança?[BR]>[BR]>[BR]>A coisa mais fácil do mundo é despertar sentimentos negativos, como o ódio,[BR]>a inveja, a vingança ou qualquer outro tipo de paixã